Primeira coisa ao acordar "Está bom para ir à praia?" e de seguida "E o mar? Qual é a bandeira?", estas eram as nossas preocupações, minhas e do tio das américas, durante as férias que passámos numa praia bem acima do rio Tejo. Neblina matinal era dia sim, dia sim, que às vezes se prolongava e só víamos o sol depois de almoço, a água era fria, fria que enregelava os ossos, o mar picado, as bandeiras verdes que apanhámos ao longo de todos aquele anos contam-se pelos dedos das mãos, se calhar temos de acrescentar os dos pés, uma vez que foram muitos anos! A expectativa diária do "podemos ir à praia ou não" mas a verdadeira emoção era tomar banho naquele mar picado e gelado, o número de vezes que nos enrolámos nas ondas, os banhos de areia e o que nos ríamos "Xii, olha bem aquela onda, agora é que vai ser!". Os pescadores, partiam da praia, iam ao mar lançar as redes, os veraneantes ajudavam as puxar as redes e quando a rede chegava formava-se uma amontoado de gente. Passear na marginal à noite com casacos de inverno bem apertados, três dedos de boa conversa sempre acompanhados pela cacimba noturna que caía dia sim, dia não. Boas recordações ... Isto tudo porque nos primeiros dias por terras algarvias apanhámos o mar mais agitado e água bem mais fria que o habitual mas para o pessoal que está habituado às praias mais a norte, isto não é nada...
Até houve quem surfasse...
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