sábado, 25 de abril de 2015

Alergias alimentares

Desde dezembro de 2014, todos os estabelecimentos de restauração e cafetaria, incluindo as empresas fornecedoras de estabelecimentos públicos (como escolas, hospitais, entre outros), ou empresas privadas, são obrigados, segundo normativas europeias, a prestar informação sobre as substâncias/compostos alergénicos dos alimentos confeccionados e vendidos ao público. CLAP, CLAP, CLAP!  
No restaurante Varandas de Xisto, na recôndita aldeia de Casal de São Simão, foi a primeira vez que vi referência a esta importante e muito útil, que só peca por tardia, pequena grande ajuda para quem sofre de alergias alimentares. Serei eu que ando distraída, e não reparei nisto em mais lado nenhum, ou serão os senhores da restauração que se andam a esquivar?



Casal de São Simão e Fragas de São Simão - Aldeia de xisto da Serra da Lousã

Casal de São Simão tem praticamente uma única rua, tudo muito cuidado e notam-se indícios de ter mais do que 1 casal de habitantes, mas não muito mais. Chama a atenção, de imediato, a tonalidade das casas, que não são de xisto mas sim de quatzito, e os seus bonitos e adornados alpendres. Andava a pequenada a correr e a fazer a algazarra/brincadeira do costume, quando uma habitante, abre a janela e murmura "O que é que anda aí? Que inferno!". Falta de hábito... ficou um pouco atrapalhada quando percebeu que a tinha ouvido e recolheu-se de imediato! É isto que falta nestas aldeias ... a vivacidade e a traquinice das crianças a correr pelas ruas, como em tempos ocorreu. 





O restaurante Varandas do Xisto, muito simpático e com bom aspecto, e a Loja do Xisto



Vários percurso pedestre passam/partem de Casal de São Simão. De destacar, o percurso pedestre que conduz às bonitas Fragas de São Simão ao longo de uma bela encosta.

 Fragas de São Simão (um sítio encantador)










(o poder da natureza, muitos ramos, plantas, acumulados no curso de água depois de um inverno rigoroso)


(o caminho de acesso às Fragas e à praia fluvial, passando por várias azenhas abandonadas) 

E, de repente, deparamo-nos com o momento alto do dia para o pequeno do meio e uma cena bastante impressionante para os restantes: uma cobra a tentar comer um sapo. A cobra abocanha a cabeça do sapo, o sapo estrebucha e começa a inchar (mecanismo de defesa) e os espanto dos pequenos "Mas, mas, o sapo é maior que a cobra" e quando tudo parecia estar perdido, a cobra começa a tentar enrolar-se em volta do sapo e...




O pai exclama espantado "Olha, ganhou! Ganhou ..." . Pequeno do meio procura o sapo intrigado "Tem cabeça? Tem cabeça? Hummm, deixa ver ficou com a cabeça, tem cabeça!" Pimpolha mais velha "E a cobra onde está?" 

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Comareira, Aigra Nova e Aigra Velha - Aldeias de xisto da Serra da Lousã

Comareira é uma aldeia muito pequenina, 8 ou 9 casa recuperadas numa encosta da serra, onde fomos recebidos pelos cães amistosos do casal residente. Um bonito miradouro, onde se podem observar alguns campos cultivados, ao contrário das anteriores aldeias que tínhamos visitado. As cores da serra também são diferentes, predomina o amarelo das acácias, uma espécie que está a invadir a serra e tornar-se uma verdadeira "praga".




(pequeno do meio fazendo de veado)

Em Aigra Nova vivem 4 pessoas, têm pequenas hortas todas muito bem vedadas pois, à noite, os veados e os javalis visitam, frequentemente, a aldeia, e as suas patas ressoam na calçada, enquanto andam em busca de alimentos.



(pequenos observando uma capoeira de xisto onde havia coelhinhos pequeninos)

A "praça central" e a Bonita (cadela)

Tem várias Núcleos e atividades dinamizadas pela associação Lousitanea (Liga de amigos da Serra da Lousã) e uma loja das aldeias de xisto

Visitámos a maternidade das árvores e ficámos a saber muitas coisas. Um dos seus principais objetivos, para além da educação ambiental, é replantar/reflorestal a serra da Lousã. Este núcleo recolhe na serra, sementes e ramos de plantas e árvores que fazem parte da florestação original da Serra da Lousã (carvalho, castanheiro, medronheiro, azevinho, entre outros), as consideradas espécies autóctones, e na sua maternidade fazem um paralelismo entre a vida/desenvolvimento das plantas/árvores com a do homem, num processo que, dependendo da espécie, pode ser moroso. Tudo começa na sala de partos, onde as mais frágeis seguem para a incubadora, mas se tudo correr bem, seguem, passado pouco tempo, para o berçário, a seguir para a creche e quando estão prontas a ser replantas na serra entram na sala do exame final. Foi aqui que ficámos a saber que a acácia, nomeadamente a mimosa, é uma planta invasora pois são muito resistente, têm uma grande capacidade regeneradora, e "reproduzem-se" com muita facilidade e rapidamente, não servem de alimento a nenhum animal, não tendo por isso "predadores" naturais, sendo muito difícil exterminá-la, não basta arrancá-las pois voltam a nascer, é necessário arrancar-lhe todas as raízes, estão a "tomar" o lugar e o alimentos de outras espécies e animais. 





Núcleo asinino (3 burros de raça mirandesa, em vias de extinção, que podem levar a criançada num belo passeio pela serra da Lousã) 


(O Xisto, o Gaitano e o Golias)

A caminho da Aigra Velha - vista desafogada sobre a serra


É uma pequena aldeia, meia dúzia de casas, com um casal residente, que toma conta do Alambique e do Forno Comunitário que foram reabilitados e podem ser visitados. Uma paisagem idílica, perto dos cumes da serra, é a aldeia que se situa a maior altitude, com uma estrada de terra batida que dá acesso ao Trevim e ao Parque Florestal da Oitava. Algures perdida no tempo parece situar-se esta aldeia que em tempos idos tinha muitas visitas de caravanas de comerciantes e as suas histórias/aventuras, foi alvo de outro tipo de visitas frequentes os lobos. Os habitantes fizeram ligações interiores entre as suas casas, dispondo as casas numa única rua, que era vedada e fechada com portões à noite como prevenção contra os lobos e possíveis intrusos. 


(vista sobre a serra)

(Vista sobre Aigra Nova)

Kumpania Algazarra

Estes senhores fazem-me sempre lembrar o filme "Gato preto, gato branco" de Emir Kusturica!

Bimby - uma estratégia de markting e publicidade interessante!

Recebido por mail "A Bimby chegou à 5ª geração!".  

"Olá,

Antes demais como estão? Os Pimpolhos (editei, vinha com os nome dos nossos 3 pequenos)  devem estar enormes..

Já faz algum tempo em que lhe apresentei a bimby e sabe que ela de vez em quando me pergunta por si?

Pois é… lá lhe vou respondendo que o momento há-de chegar, quem sabe mais depressa do que ela pensa. 

E desta vez a Bimby mudou de imagem pois neste momento a Bimby entrou na 5ªGeração!! E tenho todo o gosto de voltar a sua casa (sem compromisso) e assim mostrar-lhe a fantástica nova Bimby, e também rever a sua família.

A Bimby continua a ser a melhor ajuda na nossa cozinha. Todos os dias do ano sem excepção…e a poupança que ela nos traz…nos aniversários, no nosso dia a dia, no Natal , na Páscoa, no dia dos namorados , para quando convidamos alguém que nos é querido ou mesmo só para a nossa família ou para os nossos amigos…

Se ainda tem dúvidas deixe que “ela” a visite de novo para lhe apresentar uma receita completa em 10 minutos e ajudá-la a decidir. Eu só vou acompanhá-la para a pôr a trabalhar e mostrar-lhe novas receitas que pode fazer com ela e a poupança que de certeza valerá a pena de novo a visita.

De certeza que vai gostar…e juntas ( a Bimby e eu) vamos ajudá-la a decidir o melhor para a sua família…

Fico à espera de um contacto seu…a Bimby está ao alcance de todos, inclusive o seu".

Bem conseguido, original, personalizado q.b., uma estratégia interessante que, apesar de por estas bandas não colher frutos, não deixámos e apreciar o estilo! Não, a Bimby da 5ª geração (ainda) não fala, continua só a apitar, mas excelentíssimo esposo ficou na dúvida, dado o texto e foi espreitar. Parece que as inovações são o ecrã tátil de controlo e onde se podem consultar receitas.

Um conceito que desconhecia

Glamping - Camping with glamour!
Descoberta da semana, campismo com camas e armários numa "tenda" com uma área de 16m2? Humm .... em comum com o campismo parece-me ter apenas o contacto com a natureza!

Cerdeira - Aldeia de xisto da Serra da Lousã

Aldeia com acesso difícil, talvez por isso tenha sido, juntamente com o Candal, as únicas que não sofreram as invasões napoleónicas. Muito pitoresca esta aldeia, com uma igreja à entrada da vila fechado com uns grandes portões metálicos, e uma caminho engraçado que nos leva até à aldeia, onde passamos por um pequeno curso de água e uma pequena cascata. Já esteve completamente deserta, mas pela mão de uma artista alemã e do seu atelier tem renascido e, neste momento, são 19 o número de pessoas envolvidas na dinamização de projetos na aldeia, contando entre ele com um turismo rural aconselhado pelo Trip Advisor (Cerdeira Village)








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