sábado, 27 de setembro de 2014

Há-de passar

Da (a)normalidade de Crato, que leva à escola pais revoltados porque os filhos não têm 4 e 5 professores, porque as turmas têm 30 alunos e os filhos deviam estar em turmas com 20 alunos, no máximo, porque um aluna tetraplégica que só mexe o pescoço e o dedo lhe é retirada a fisioterapia e etc....

Serei só eu a achar isto estranho?

  • Como primeiro trabalho de casa do 1º ano, o pequeno do meio trouxe esta ficha de estudo do meio:
  • No dia seguinte, o trabalho de casa foi, no caderno de 2 linhas, copiar, 3 vezes, em letra manuscrita o seu 1º nome, sem ter aprendido a desenhar 1 única letra.
  • Diz o pequeno que, numa das atividades diagnósticas, um dos exercícios era escrever quantos meninos havia na sala. "Eu contei, não sabia escrever o número mas percebi que era 8 + 8 + 7"
  • Num outro tpc, depois de ter feito 3 linhas de i, dizia ilustra a frase "O Ivo só come iogurtes". O rapaz fez o desenho e eu disse "agora podias pintar, ficava mais bonito" e ele disse-me "já estou cansado e isso não diz aí para pintar pois não?", não insisti. No dia seguinte vem junto do TPC, a carinha:

    seguido da observação "E a pintura?"
    Este recado é para mim, não para ele, que não sabe ler, e eu pensei não teria sido bem mais educativo e produtivo ter-lhe dito, a ele "Olha, sempre que fazes um desenho, deves pintá-lo". Fiquei a pensar se não deveria mandar-lhe um recado de volta a dizer simplesmente: "significado de ilustrar: desenhar, o que não implica que seja a cores, nem que envolva pinturas". Obviamente, não o vou fazer mas...
Ao procurar a 1ª ficha de estudo do meio na internet para colocar aqui, encontrei-a neste site que tem imensas fichas e atividades para o 1º ciclo.

Simplex

"No ano passado, tinha 2 livros e chegaram-me bem, para que é que eu quero tantos livros este ano?" - observação do pequeno do meio ao ver o MONTE de livros para o seu 1º ano. São mais de uma dezena...

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Espetacular!

Dancing on the walls with GoPro!


Bolo arco íris

Ingredientes
4 ovos
1 iogurte natural
3x a medida do iogurte de açúcar
3x a medida do iogurte de farinha
1x a medida do iogurte de óleo
sumo e raspa de 1 limão
1 colher de sopa de açúcar baunilhado
1 colher de chá de fermento
corantes alimentares (utilizámos dos líquidos com as cores azul, vermelho e amarelo e obtivemos as outras cores conjugando estes)

Preparação:
Misturar o iogurte, a farinha, o açúcar e o fermento. Acrescentar depois os ovos, o açúcar baunilhado, o óleo e o sumo e raspa do limão. Misturar tudo muito bem até obter uma massa lisa.
Separar a massa em sete taça: a primeira cor deve ter 1/3 da massa pois será a cor que ficará na extremidade. Mistura bem o(s) corante(s) em cada taça até obter a cor pretendida.
Deitar a 1ª cor numa forma sem buraco e forrada e untada com manteiga. Escolha a sequência de cores pretendida e coloque cuidadosamente a próxima cor sempre no centro da anterior.
Levar a cozer em forno pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 30 minutos.







  
Um bolo colorido, saboroso (bolo de iogurte e limão) e decorado com gomas "coladas" com Nutella ao bolo :). A pequenada adorou ajudar a fazer o bolo, ver as cores a misturarem-se e processo de colocar as massas na forma! Ao contrário do que é costume, comeram, gostaram e repetiram! Um sucesso ... a repetir!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Encontros no Equinócio

O Outono chegou chuvoso e impediu que os Contos no Jardim se realizassem no Jardim dos "Contos" durante os Encontros no Equinócio promovidos pelo programa Descobrir da Gulbenkian. Mas com chuva, sem chuva, no jardim ou dentro portas, é sempre um prazer ouvir as histórias de Ana Sofia Paiva. Desta vez contou-nos a história do Touro Azul e da Maria de Pau (uma adaptação/mistura desta [pg.14] e desta versão). 

Depois do  "Bendito e louvado, está o conto acabado" da Ana Sofia Paiva, fomos à descoberta das floresta de bronze, de prata e de ouro nos jardins da Gulbenkian. Encontrámos muita gente a desenhar, pintar, apanhar folhas ... os Urban Sketchers.


Imagem retirada daqui









O programa Descobrir para crianças, famílias e adultos, para este semestre (de Outubro a Março de 2015) pode ser consultado aqui!

Robertos e Robertices

D. Roberto ou Robertos é um espetáculo de marionetas que faz parte da nossa herança cultural, há mais de três séculos, era realizado em romarias, festas, praças e praias portuguesas.
Fomos ver um espetáculo de Robertos e o ator, João Costa, antes de começar o espetáculo perguntou à audiência se sabia ou se já alguém tinha visto um espetáculo de Robertos. Curiosamente, ninguém sabia o que eram Robertos, com exceção de um senhora, que acompanhava o neto, que se lembrava e descreveu a emoção e alegria que estes espetáculos traziam às aldeias do nosso Portugal profundo nas décadas de 1950/60, eram nas suas palavras "o momentos mais animado da nossa semana, era muito engraçado, não perdia um". 
A Companhia de Marionetas João Costa procura preservar/recuperar esta tradição, encenando algumas das histórias tradicionais de Robertos, onde faz pequenas alterações/inovações.
O espetáculo que vimos foi a "Tourada" e os pequenos riram a bom rir, especialmente a mais pequena!





O João, no final do espetáculo, cansado, todas as personagens foram desempenhadas por ele!

A pequenada a experimentar os Robertos



Sítio excelente para jogar as escondidas ... no final do espetáculo foi o que a pequenada fez com um dos elementos da equipa das Marionetas João Costa.

Ele há coisa engraçadas, vimos este espetáculo nas férias. No regresso à escola, a cada menino da sala da pequena mais velha , por sorteio, foi atribuído um livro do Plano Nacional de Leitura, o qual têm de ler para fazer a apresentação do livro aos colegas. O livro que lhe calhou em sorte chama-se "Robertices" de Luísa Dacosta.


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Basicamente, é isto ...

“Agora dão o abraço; depois dão o beijo; depois um diz amo-te e o outro responde amo-te;
e depois mais um abraço; e depois mais um beijo;
é todos os dias isto.
O amor é todos os dias a mesma coisa. E é por isso mesmo, por se repetir todos os dias, que é irrepetível.”
Pedro Chagas Freitas, in In Sexus Veritas

Medalhas Fields

Pela primeira vez na história, a medalha Fields foi atribuída a uma mulher, esta foi a notícia!
Neste artigos muito interessantes ficamos a conhecer um pouco melhor a motivação e o trabalho destes matemáticos e constatamos que há  mentes verdadeiramente BRILHANTES!

Gonçalo M. Tavares

O Senhor Swedenborg - uma surpresa, um prazer, uma mistura de filosofia (de vida) expressa em formas e conceitos geométricos. Uma leitura e uma visão muito interessante e original! (1ºcapitulo do livro disponível aqui)
























A relação de Gonçalo M. Tavares com a matemática

"O Mapa
Sempre senti a matemática como uma presença
física, em relação a ela vejo-me
como alguém que não consegue
esquecer o pulso porque vestiu uma camisa demasiado
apertada nas mangas. 
Perdoem-me a imagem: como
num bar de putas onde se vai beber uma cerveja
e provocar com a nossa indiferença o desejo
interesseiro das mulheres, a matemática é isto: um
mundo onde entro para me sentir excluído; 
Para perceber, no fundo, que a linguagem, em relação
aos números e aos seus cálculos, é um sistema,
ao mesmo tempo, milionário e pedinte. Escrever
não é mais inteligente que resolver uma equação;
Porque optei por escrever? Não sei. Ou talvez saiba:
entre a possibilidade de acertar muito, existente 
na matemática, e a possibilidade de errar muito,
que existe na escrita (errar de errância, de caminhar
mais ou menos sem meta) optei instintivamente
pela segunda. Escrevo porque perdi o mapa."






Senhor Brecht (livro completo em formato digital) é um livro curioso, irónico, por vezes, mordaz, mas muito perspicaz! 

"Um país agradável
ERA UM PAÍS muito agradável para viver, mas as pessoas eram tão preguiçosas que, quando o presidente ordenou que defendessem as fronteiras, eles bocejaram. Foram invadidos.Os invasores também começaram a ficar preguiçosos e, um dia, quando o novo presidente ordenou que os homens defendessem as fronteiras, todos bocejaram. Foram de novo invadidos. Agora por homens vindos de um outro país.Mais uma vez os invasores em pouco tempo ficaram preguiçosos, e quando pela terceira vez um novo presidente ordenou que os homens defendessem as fronteiras, todos bocejaram.Mais uma vez foram invadidos. O país estava cada vez mais populoso.Tal repetiu-se até que todos os povos – mesmo os que vinham do outro lado do globo – haviam já invadido aquele país, e depois, sucessivamente, sido invadidos. Já não havia gente em mais lado nenhum: concentravam-se todos naquele país agradável.Foi nessa altura que o novo presidente ordenou a invasão do resto do mundo pois o mundo estava completamente vazio – à sua mercê, portanto. Porém, todos os homens bocejaram.E então ele (sem o notar) avançou, sozinho."
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