sábado, 21 de março de 2015

Bom rebelde

Último dia de aulas, para variar e descomprimir, decidi passar o filme O bom rebelde. Quando referi os nomes de alguns dos atores [Robin Willians, Matt Damon, Ben Affleck], para meu espanto, praticamente nenhum dos miúdos os reconheceu. 
Por curiosidade fui ver o ano em que o filme saiu, 1997. Passaram 18 anos, quem diria? Not me ... E, surpresa dos mais distraídos, eu, as referências mudaram ... a vários níveis.
Uma pessoa apercebe-se assim de "repentemente" que o tempo voou embora pareça que foi ontem que vimos o filme no cinema! Mas um bom filme é intemporal apesar dos anos e das referências (ou falta delas)!    
Engraçado observar a reação dos miúdos face à utilização do calão e linguagem rude, em algumas cenas, e às poucas cenas de "intimidade". Um olhar de soslaio, outro, um ar constrangido, outro até que não me contive, tive que me rir e pôr os pontos nos iiis "Minhas criaturas lindas, não estão a ouvir/ver nada que nunca tenham dito, ouvido ou feito, portanto deixemo-nos de coisas e puritanismos. Apreciem o filme, se faz favor, em vez de estar a olhar para mim que não tenho graça nenhuma!" O respeitinho é tão bom e bonito :) A partir daí passaram a haver muitos risos e outro tipo de olhares, nenhum deles dirigido a mim, obviamente, e aprende-se tanta coisa só a observar as suas reações. A "maravilhosa" adolescência em todo o seu esplendor!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Expressão do dia

"Tive natação, depois de ontem, que não foi hoje!" pimpolha mais pequena. O que ela queria dizer era mesmo antes de ontem. Antes, depois ..."é tudo igual" como diriam o manos mais velhos. 

Dia do Pai

Os presentes da pequenada, já não há desculpas para não ler livros, até pode ler vários ao mesmo tempo :) 

Fez-me lembrar a Mixórdia do Dia do Pai!
.
Dedicado ao meu pai e ao pai da pequenada cá de casa:
"Ser pai não é apenas saber, ser pai é compreender. Por isso, espero que possas reler estas palavras num dia em que sejas pai também. Eu, que sou o teu pai, tive um pai e tive um avô. Tão bem como eu sei que o meu pai era uma pessoa, quando fores pai, saberás que eu, aquele que hoje te escreve e aquele que há duas semanas começou a viver paralelo a ti, sou uma pessoa. De mim, espera amor e espera uma pessoa. Como as pessoas, às vezes, engano-me, não sei respostas, tenho medo, tenho frio, minto, faço coisas feias, desisto, escondo-me e fujo. Eu compreendo que tu irás enganar-te muitas vezes, não saberás respostas, terás medo, terás frio, mentirás, farás coisas feias, desistirás, esconder-te-ás e, quando todos te procurarem, terás fugido. Eu compreendo-te. Segurei-te ao colo, entrei no teu olhar. Foi há menos de uma hora. Passei-te os dedos pelas faces, tentando imaginar a forma como o teu rosto vai crescer. Estas palavras serão o espelho do teu rosto. O teu rosto ficará parado sobre elas. Gostava que soubesses que, hoje, quis tanto ver esse teu rosto que lê. Se puderes, passa agora os dedos pelas tuas faces. Talvez no dia em que leres estas linhas tenhamos deixado crescer entre nós o pudor de nos tocarmos com afecto simples e puro. Pai e filho. Por isso, passa os dedos pelas faces para sentires aquilo que sentiste hoje, duas semanas de vida, pequenino e amado. Ou então, chama-me para junto de ti. Na outra ponta destas palavras, serei outro. Terá passado tempo que, agora, não posso imaginar. (…) Chama-me para junto de ti. Mostra-me estas palavras que escrevi hoje e pede-me para te passar os dedos pelas faces com o mesmo carinho e com a mesma ternura com que hoje toquei os teus contornos de menino. Tenho a certeza que não terei esquecido. Por mais que aconteça entre hoje e esse dia, por mais mortes e terramotos, tenho a certeza que não terei esquecido. E obriga-me a jurar que nunca deixaremos crescer entre nós um pudor que impeça de nos abraçarmos, de nos beijarmos, de passarmos os dedos pelas faces um do outro. Pai e filho. Eu sou o teu pai. Tu és o meu filho.”
José Luís Peixoto, in Abraço (um livro que gostei muito de ler!)

quarta-feira, 18 de março de 2015

Nas ruínas

Ao passar na estrada, deparámo-nos com umas ruínas que pareciam ser de um castelo/fortaleza. Decidimos parar para explorar ... Muitas silvas, balsas, algumas caganitas de cabra e pequenada entusiasmada! O sítio ideal para esconder um tesouro, pensámos. De volta ao carro para ir buscar o tablet e procurar se haveria ali algum cache e ... nunca falha! Et voilá ... família em busca do tesouro escondido nas ruínas e túneis... voltámos ao carro, era preciso uma laterna. Pequeno do meio ao rubro, seguido de perto pela pimpolha mais nova, que com o entusiasmo espetou um pico no dedo, e pimpolha mais velha refilava entre dentes "Isto é um pouco assustador" mas seguia curiosa atrás dos manos. Depois de uns largos minutos, lá estava ele bem escondido, e o ar de triunfo na cara da pequenada. Soma e segue, mais uma cache e um fim de tarde bem passado!

















Não é um castelo nem uma fortaleza mas as ruínas do Sanatório Grandella. Nunca esteve em funcionamento pois a sua construção, que teve início em 1918, nunca foi concluída. 36 quartos para internamente gratuito destinado a doentes com tuberculose e todas infraestruturas de apoio. Um projeto ambicioso e dispendioso para a época que caiu por terra por falta de $$$ 

Principezinho

Principezinho - belos cenários, bons actores, muita música e luz, um espetáculo ao estilo do La Feria, que a pequenada apreciou muito. 
Engraçado constatar que cada um elegeu, de imediato, as suas personagens preferidas: 
Pimpolha mais nova - a raposa
Pequeno do meio - o aviador, o bêbado e o homem de negócios
Pimpolha mais velha - a rosa e o principezinho
Nas personagens, que cada um escolheu, consigo ver, curiosamente, um pouco de cada um deles e o que os atraiu! Não há personagens comuns! Os três da "mesma fornada", no entanto, com interesses, gostos e maneiras de ser bem diferentes :)!

É preciso explicar tudo aos adultos, nunca percebem nada, diria o principezinho! Deve ser por isso que achei tudo demasiado efusivo e não muito de acordo com a visão que tenho do livro, que li há muitos anos, onde concebi, na minha imaginação, um principezinho discreto, tímido, etéreo, angelical, taciturno, misterioso e curioso ...

Harry Potter: o livro versus o filme

O primeiro livro do Harry Potter foi muito apreciado pelo pimpolhos mais velhos, foi lido em modo conjunto: o pai leu umas partes, a mãe outras e a pimpolha mais velha assumiu totalmente esta responsabilidade na reta final, tal não era o entusiasmo que chegaram a estar os dois quase duas horas no sofá: ela a ler em voz alta para o mano. 
Há uns tempos devem ter  comentado alguns dos feitos do livro com os colegas da escola que, apesar de não terem lido o livro, tinham visto o filme. E assim surgiu a demanda, que temos tentado ignorar, "Queremos ver o filme do Harry Potter!". Se durante a leitura do livro nenhum deles teve medo de nenhuma das cenas descritas, desconfio que os mesmo não se verificará ao verem o filme. Enfim ... lá cedemos e viram os primeiros 20 minutos da Pedra Filosofal e o seu espanto foi genuíno "O quê? Não imaginava que o Hagrid tivesse aquele cabelão!" diz pequeno do meio. "Bem! O Dursley é mesmo, mesmo gordo! Não era nada assim que imaginava a professora Mcgonaggal e o Dumbledore!" afirma pimpolha mais velha e conclui assim "O livro é muito melhor, tem muito mais coisas que o filme não fala, e posso imaginar como eu quero!". 
Não ficaram desiludidos, ainda, apenas surpreendidos ... 

domingo, 15 de março de 2015

Cassata de chocolate

Não sabemos qual é a receita nem o método de "montagem", logo adaptámos tendo em conta o que nos parecia, na experiência de comilões, serem os ingredientes e a confeção. Talvez, não totalmente fiel à original, mas muito semelhante em sabor. Muito boa!

Ingredientes
Bolo

5 ovos
120 ml de sumo de laranja
300g de açúcar
260g farinha
1 colher de chá de fermento


Recheio
3 ovos

100g açúcar
100g chocolate de culinária
2 colheres de sopa de manteiga
3 folhas de gelatina

Cobertura
6 gemas
6 colheres de sopa de açúcar
6 colheres de sopa de água

Preparação
Bolo
Bater bem as gemas com o sumo de laranja. Adicionar o açúcar e bater mais um pouco o preparado. Juntar a farinha e o fermento e bater. Envolver as claras em castelo. Levar ao forno, pré-aquecido a 180º, numa forma untada com manteiga e polvilhada com farinha durante cerca de 30 minutos. Enquanto o bolo coze, fazer o recheio e a cobertura.

Recheio
Colocar de molho as folhas de gelatina. Derreter a manteiga e chocolate. Numa tigela, bater bem as gemas com o açúcar. Misturar o chocolate e manteiga e mexer bem. Bater as claras em castelo. Juntar 1 colherada das claras em castelo ao preparado do chocolate e bater bem. Envolver suavemente as claras em castelo. Dissolver as folhas de gelatina, depois de escorridas, num pouco de água bem quente e juntar ao preparado anterior, envolvendo bem. Colocar no frigorífico
Cobertura
Levar ao lume até engrossar, mexendo sempre, as gemas, o açúcar e a água.


Montagem
Depois de o bolo estar frio, cortar no sentido longitudinal, a "tampa- topo do bolo" fininha e reservar. Retirar, e colocar num tigela, todo o "miolo" do bolo, desfazendo-o em pequenas migalhas, deixando apenas a base e as "paredes" laterais do bolo. Retirar uma mão cheia de pedacinhos de bolo e reservar num prato à parte. Juntar grande parte do recheio às "migalhas" do bolo e envolver bem.
Encher o bolo com este preparado, entremeando, aleatoriamente, com os pedacinhos de bolo reservado. Com o que sobrou do recheio, barrar o interior da "tampa do bolo". Colocar a "tampa" no bolo e pressionar ligeiramente, para fechar/selar. Barrar com o doce de ovos e decorar a gosto. Utilizámos fios de ovos.

Colocar no frigorífico e servir bem fresca.

Adenda: A avó encomendou um cassata "original",  a tal que quem faz não revela a receita, para podermos estudar melhor o assunto.


O parecer dos especialistas revela que não se mistura bolo com a mousse - é apenas mousse com pedacinhos de bolo. Será???

Observação do dia

"Hummm, chocolate com sal, isso não tem jeito nenhum!" afirma desconfiada Dona Mimi. Esboçámos um sorriso cúmplice, de quem já viu isto acontecer mais vezes, sempre que referimos/apresentamos esta pequena maravilha. Põe desconfiada um quadradinho para a boca, degusta calmamente e conclui a rir "Aí, que arranjei um problema!  Agora vou ter que comer mais e muitas vezes! É muito bom!". Diferente, quente, ligam bem os dois sabores, é mesmo muito bom, até para mim, que ao contrário de excelentíssimo esposo, não sou grande apreciadora de chocolate.
(Comprado na Loja Gourmet do El Corte Inglês)

terça-feira, 10 de março de 2015

Chocolate Sundy: voltou???

O chocolate Sundy era uma versão light (na altura em que esta palavra não se utilizava) da "geração" do Raider , Toffee Crisp, Bounty, Nuts, Mars, Snikers, Crunch e Lion, uma barra de cereais e chocolate deliciosa, preconizadora das famosas barras energéticas e de cereais que hoje encontramos de várias marcas no mercado, mas que não lhe chegam aos calcanhares. Não se encontrava facilmente à venda como os seus restantes companheiros, mas era tão bom! Em meados dos anos 90, o Sundy deixou de ser vendido, com muita pena minha! Nunca mais o tinha visto à venda, até há pouco tempos, quando ao pagar na caixa do Pingo Doce, vejo 3 chocolates Sundy escondidos, nos confins de uma caixa, ali a sorrirem-se para mim, fazendo-me viajar, literalmente, duas décadas e picos! Agarrei os três, sem hesitações, a esfregar as mãos de contente e a pensar voltaram. Depois de me deliciar com o 1º dos 3, decidi pesquisar nas internets, fonte de tanta sabedoria, a volta do chocolate Sundy e descobri coisas engraçadas: 1º uma petição pública, de 2009, com 234 subscritores, a solicitar à Nestlé que voltasse a colocá-lo no mercado, já se fazem petições por tudo, 2º os fãs mandam vir de França, ou abastecem-se quando lá vão, e mesmo em França parece não ser muito fácil encontrá-lo e 3º não havia nenhuma referência a ter voltado a ser comercializado em Portugal. Ainda com o sabor do Sundy na boca, pensei donde é que vieram estas 3, perdão 2, espécies raras? UIII, queres ver que estão fora da validade, e vieram aí de uns confins quaisquer manhosos, foi o meu 1º pensamento. Não, tudo nos conformes, validade 06/2016, embalagem francesa com um autocolante em português com as informações, menos mal. Não voltei a vê-los, novamente à venda :( Já excelentíssimo esposo, que não conhecia esta pequena maravilha, aproveitou para deliciar-se com um Sundy e concluiu "Como é que eu não conhecia este chocolate?" Falha colmatada ... e venham mais Sundies!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Observação do dia

"Estes velhos mexem-se rápido!" o espanto do pequeno do meio  ao ver a atuação de um rancho folclórico.

Teorias da pequenada sobre bonés e caps?

"Não, não, o que eu quero é um cap". diz pimpolha mais pequena, "DESCULPA? Queres o quê? Um boné, certo?" digo eu. "NÃO, quero um CAP!" responde ela. E, agarra, num boné, com orelhas de gato salientes, "É que nem pensar, escolhe outro boné!" digo eu ao que ela responde irritada "Isto não é uma boné, é um cap!". A conversa fluiu para outros temas, enquanto experimentava chapéus, que não há tempo, nem paciência, para fantasias. 
No dia seguinte, pimpolha mais velha volta à carga, fazendo questão de nos elucidar o que é um boné e o que é um cap: "Um cap tem 6 linhas na pala e a pala é direita. O boné só tem 4 linhas e a pala não é direita! Perceberam agora? " Levanta-se e vai buscar os bonés para exemplificar a sua teoria, seguida de perto pelo mano que diz "DAH, toda a gente sabe isto!" e a pimpolha mais pequena, que não percebeu nada da conversa, mas a união faz a força, acrescenta "POIS, toda a gente sabe isto!". 
SOCORRO, o ponto de viragem aproxima-se a velocidade estonteante, e gostava tanto que permanecesse uma mera miragem!
Segundo a pequenada, isto é um cap (pala direita / 6 linhas de pontos)!

Já este é um boné (pala curva / 4 linhas de pontos)!

É caso para dizer "Chapéus há muitos ...!"

Na Baixa (parte II)

Amor em Lisboa

Cada cadeado custa 3€ e reverte a favor da associação "Dê Mais coração" que pretende ajudar o Instituto do Coração de Moçambique. Até 14 de março, na capital, e depois a estrutura "LOVE", de Rui Miragaia, circulará por outros pontos do país!

 Muitos cadeados, à semelhança de algumas pontes de capitais europeias, muitas selfies, quanto ao LOVE, pois....o nosso não ficou por lá reportado! Embora, o intuito, neste caso, seja nobre, cadeados, amor e pontes...algumas caem devido ao excesso de peso (de cadeados, será? Senhores engenheiros civis, faz favor de começar a dimensionar as novas pontes para o peso extra) ...

sábado, 7 de março de 2015

Novo look ...

Na barra lateral do blogue ...

Obrigado, caros amigos, gostámos muito :)! 


Os artistas principais que alimentam muitas das histórias deste blogue!
 


Pantera cor de rosa by pimpolha mais velha

Pimpolha mais velha viu as instruções, do vídeo em baixo, duas vezes: à 1ª desistiu a meio, perdeu-se e achou que não estava a ficar nada de jeito. Logo, a seguir, a 2ª tentativa de desenhar a pantera cor de rosa saiu assim! Tem mais jeito que qualquer um dos pais :)
"Basta seguir as instruções do vídeo" diz pimpolha mais velha! Hummmm....pois, pois!

Inovações da Lego

É uma pequena "chave" que permite, sem dificuldade, retirar qualquer peça de uma construção de Legos! Pequeno do meio, que já domina sozinho a construção de Legos "complexos", deu-nos a conhecer esta pequena maravilha perante o nosso olhar estupefacto! CLAP, CLAP para a Lego!




Construções de amido de milho

Bem giro, foi o termo utilizado pela pequenada para carecterizar esta atividade. Pequenos cilindros de amido de milho que basta humedecer, pressionando num pequeno pano húmido na zona de junção pretendida, e depois é só colar uns aos outros para fazer construções. 

As instruções de como colocar os cilindros para obter um determinada figura



Exemplos de construções do panfleto







As construções da pequenada da casa

(pimpolha mais velha "É uma cabana, uma árvore, o sol e uma princesa")

O caracol do pequeno do meio

"É uma mão" pequeno do meio

"É uma árvore" pimpolha mais pequena

A galinha da pimpolha mais velha

"É um rato!" - pequeno do meio

"É um helicóptero" - pimpolha mais pequena 


Atenção à tripulação: cheira a pipocas mas não é comestível. Aqui por casa, pimpolha mais velha provou, socorro, e ao que parece diz que não é mau de todo!

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