quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ato e/ou consequência...

Uma criança, durante o intervalo, decide atirar pedras para a via pública. Requer algum esforço, concentração  e destreza da sua parte, uma vez que a escola tem vedações altas. A via pública tem um tráfego elevado quer de peões, junto à vedação, carros estacionados e carros em circulação. Das pedras que atirou, até ser detetada a situação por quem vigiava a hora do recreio, nenhuma atingiu, nada nem ninguém. A criança foi repreendida e foi comunicado aos pais por escrito o seu comportamento. Os pais comunicam à escola, por escrito, que consideram que o seu educando não devia ter sido repreendido, nem ter sido alvo de uma advertência escrita visto que não tinha atingida ninguém, nem causado danos materiais.
Pela mesma ordem de ideias, se tentar matar alguém e não conseguir, não há problema nenhum, afinal ninguém se magoou. O que será mais importante o ato ou a consequência? Não teria sido muito mais educativo mostrar quais poderiam ter sido as consequência do seu ato? É  tão fácil desculpabilizar e aborrecido educar! Não era má ideia, se estes pais,e muitos outros, frequentassem um programa de educação parental. Educar os pais é bem mais difícil que educar os filhos.

Perigo à espreita!

Na semana passada, duas crianças a brincar, numa zona do recreio mais isolada, de uma escola de 1º ciclo, foram aliciadas com doces por pessoas estranhas. A vedação foi cortada na zona. Uma das crianças aceitou doces dos estranhos, incentivo para se deslocar a uma carrinha que se encontrava junto à vedação. Outra criança mais velha, observadora, achou estranha a abordagem/interação com estranhos, junto ao recinto escolar, chamou a auxiliar da ação educativa. Os estranhos, apercebendo-se das movimentações, fogem. A auxiliar consegue retirar a matrícula da carrinha ... roubada! Seguiram-se contatos com a polícia, reunião de pais, recreio interdito nas zonas mais isoladas, polícias à paisana a circular na zona, entre outras. É cada vez mais difícil, garantir a segurança das crianças, o perigo parece estar sempre à espreita e, às vezes, de onde e quem menos se espera...Tempos estranhos estes em que temos que, para nosso descanso e para a sua segurança, incutir nas crianças, o sentimento da desconfiança de tudo e de todos.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Promoções...não, não é no Pingo Doce!

Para quem tem filhos pequenos, ou não, e vai estar pelo Algarve este verão aqui vai:
Aqui

Mudanças...

Dos mega-agrupamentos, às novas matrizes curriculares, ao aumento do número de alunos por turma e entre outros novidades que serão, certamente, publicadas até Agosto, esperam-se muitas mudanças para o próximo ano letivo.
Será que visam uma melhoria no sistema educativo? Duvido!
Essencialmente, tem como objetivo fazer cumprir o corte orçamental previsto e anunciado na educação. Investir na qualidade de ensino, está longe de ser um dos objetivos de todas estas medidas.
O Decreto Lei sobre a nova reorganização curricular ainda não foi publicado, tendo apenas sido disponibilizadas, no passado dia 25 de maio, no site da DGIDC, as novas matrizes curriculares. Estas matrizes determinam o número mínimo de minutos atribuído semanalmente a cada disciplina ou a um conjunto de disciplinas (neste caso, cada escola decide como distribuir a carga horária pelas disciplinas). Numa análise breve, constata-se, rapidamente, que a carga horária diminui, na generalidade das disciplinas, contrariando, em alguns caso, o divulgado em Março pelo Ministério, depois de terminada a consulta pública sobre a revisão curricular. Verifica-se também que em algumas disciplinas a carga horária semanal não é múltipla de 45 (minutos). E a questão levantou-se, voltamos às aulas de 50 minutos? As matrizes e as muitas dúvidas geradas pelas mesmas, foram amplamente discutidas em vários blogues de professores, e a conclusão foi unânime: voltar às aulas de 50 minutos, reduziria a carga horária atual, na maioria das disciplinas. Por exemplo, o Português e Matemática perderiam o famoso reforço de 45 minutos atribuído, ao 2º e 3º ciclo, por este ministro, por considerá-las disciplinas nucleares. E eis que o Ministério, no sábado, dia 26 de maio, vem esclarecer que as escolas, à luz da tão falada autonomia, podem optar por tempos de 45 minutos ou 50 minutos. Pois, pois...
Ontem, na Assembleia da República, questionado sobre o número de professores que não teriam horário face à nova reorganização curricular, o ministro Nuno Crato, afirmou que ainda não sabia responder à questão. Como matemático e ministro pediu, certamente, um estudo sobre a estimativa do número de horários que desapareceriam. Aliás, temo que esta reorganização tenho sido pensada/feita tendo como base, essencialmente, os milhões que têm que poupar....A ver vamos...

terça-feira, 29 de maio de 2012

Anúncio de Educadoras de Infância para Angola

Para quem estiver interessado ou conheça alguém que possa estar....
Gosto particularmente da parte referente à "resistência ao stress"
Recebi o anúncio por mail que passo a trancrever.


Anúncio de trabalho


Procura-se:

Educadoras de Infância para Angola


Perfil do Candidato:
- Licenciatura em Educação de Infância
- Experiência profissional.
- Responsabilidade, dinamismo, capacidade de trabalho e resistência ao stress.
- Conhecimentos de Inglês.

Oferecemos:
- Ordenado Base.
- Ajudas de custo em Angola.
- Seguro de Saúde.
- Despesas de viagens e alojamento assumidas pela empresa.
Local de trabalho:Luanda - Angola.

As respostas ao anúncio deverão ser enviadas para o seguinte email: 

Rapaz de 16 anos resolve enigma matemático de Newton com 350 anos

É por esta e outras razões que vale a pena continuar a acreditar na capacidade dos jovens.



Testes do GAVE e Exames Nacionais 

Título da notícia do Público: "Pais e professores antecipam catástrofe nos resultados do 9.º ano a Matemática"
Este título alarmante e toda a notícia tem como base nos maus resultados obtidos na maioria da escolas no teste intermédio de Matemática de dia 10 de Maio. Razões e justificações são variadas mas a questão que se coloca é: o teste está  mal estruturado e/ou desadequado aos conteúdos lecionados? No meu entender, a resposta à pergunta é simples: NÃO. Então o que falhou? Aqui a resposta, ao contrário da anterior, é complexa e envolve várias variáveis:
  1. grau de dificuldade mais elevado que os teste intermédios e exames de anos anteriores;
  2. exigia dos alunos um nível de abstração elevado
  3. era necessário dominar bem os conceitos e a sua aplicação em novos contextos
  4. interpretar e perceber o significado de fórmulas e conceitos

E poderia continuar a enumerar, mas resumindo, os alunos não estão habituados a este grau de exigência e os professores têm preparado os seus alunos em função do tipo de exames dos anos anteriores. Será que estamos perante uma mudança ao nível da exigência? Espero que sim! Precisamos de alunos que pensem/raciocinem, estabeleçam relações entre conteúdos e os interpretem em vez de memorizarem sem nada perceber! Temos um longo e trabalhoso caminho pela frente. 
Artigo do Público

Crianças portuguesas são das mais carenciadas da OCDE

Um estudo realizado pela UNICEF - " Medir a pobreza infantil", de 29 países da OCDE, Portugal ficou em 25º lugar. 27% das  crianças portuguesas vivem em situação de carência económica.  13 milhões de crianças da União Europeia que vivem sem acesso a elementos básicos necessários para o seu desenvolvimento. Dá que pensar, tendo em conta que o estudo se refere a 2009. Como será em 2013,   face à crise que enfrentamos?

Vale a pena ler o artigo do Público
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