quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Migrámos!

Prossegue a dança, no mesmo ritmo, noutro salão e com outro nome! Bye, bye blogger, não temos tempo para fantasias! Hi wordpress!


 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A Alice, a lógica e o nonsense das campanhas!

É sempre bom e surpreendente reler o livro Alice no País das Maravilha, de Lewis Carroll. Dei por mim a pensar que o nonsense e o surreal desta obra assemelha-se ao que se passa em muitas campanhas eleitorais e na política!
Um lamiré do que andei a ler e a matutar para preparar um pequeno "mergulho", com os meus alunos, na lógica "matemática" de Lewis Carroll, pela mão da sua/nossa eterna amiga Alice.


"Alice: Quanto tempo dura o eterno?
Coelho: As vezes apenas um segundo."

"Alice: ..quatro vezes cinco é doze, e quatro vezes seis é treze, e quatro vezes sete - oh! Assim nunca mais chego a vinte!".

"Rainha: Aqui, vês, é preciso correr o mais depressa possível para ficar no mesmo sítio"

"A sentença primeiro ... depois o veredicto diz a rainha (...) Durante o julgamento, os depoimentos dividem-se:
- O Gato Risonho comeu as rosas e, se não, então foi a Alice que as roubou! - afirmam os soldados vermelhos;
- A Alice não roubou as rosas só se o Gato Risonho não as comeu ou o Coelho Branco passou por aqui - dizem unanimemente os pretos. (...)
Após cuidadosa consideração, o Rei delibera que a ré deve ser ilibada por falta de provas, para grande deceção da Rainha, que ia resmungando que também nunca a deixavam divertir-se nem um pouco."
"

"Podes dizer-me, por favor, como hei-de sair daqui?
- Isso depende muito do sítio para onde quiseres ir - respondeu o Gato.
- Não me interessa muito para onde...- disse Alice.
- Nesse caso, podes ir por um lado qualquer - respondeu o Gato."


"- Deves ter cuidado. É que há dias em que o Gato diz sempre a verdade, mas também há outros em que mente sempre.
Mais à frente, Alice encontra o Gato empoleirado num árvore, muito risonho e, entre dois caminhos opostos, ele aponta-lhe o da direita.
- Como sei que não me estás a enganar? - pergunta Alice, desconfiada.
- Bem- responde o Gato com um sorriso enigmático -, se o melhor caminho é o da direita, então é o da esquerda, e se o melhor caminho é o da esquerda, então é o da direita! 
Alice pensa um pouco, agradece, e segue o caminho da esquerda ..."


"- E como sabes que és louco?
- Para começar, um cão não é louco. Aceitas isso? - perguntou o Gato.
- Creio que sim - respondeu Alice.
- Bem, nesse caso... - continuou o Gato. - Um cão rosna quando está zangado e abana o rabo quando está satisfeito. Ora eu rosno quando estou satisfeito e abano o rabo quando estou zangado. Por isso sou louco. "

in Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll

O que há em mim ...?

"(...) Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser... (...)"

in Poema "O que há em mim é sobretudo cansaço..." de Álvaro de campos

Mantra para a pequenada!

Quase interiorizado ... Quase - palavra chave! 

domingo, 13 de setembro de 2015

A beleza da Serra da Freita e os Passadiços do Paiva

A poucos quilómetros de Arouca, a menos de uma centena do Porto encontra-se, a bonita, surpreendente, encantadora e única, em muitos aspectos, Serra da Freita! Foi por estas terras e serra que acampámos durante 1 semana! Andámos muito mas viemos com a alma cheia com tanta beleza que encontrámos. 
O parque de campismo Refúgio da Freita foi a nossa base, é um parque muito familiar, acolhedor, ecológico e com boas condições! 

Foi uma full experience, chegámos com 35ºC e, dois dias depois, as temperaturas baixaram para os 20ºC e à noite estava muito frio, cerca de 12ºC, nevoeiro, e numa das noites choveu e o vento soprou bem forte! Felpas polares vestidas, sacos de cama adequados (10ºC) e apertados até à "última casa", que bem que soube, dormir quentinho e enroscadinho no saco de cama a ouvir o vento e a chuva bem perto mas sem perturbar e incomodar! Já nos tínhamos esquecido desta sensação; a pequenada não se apercebeu da chuva nem do vento, o cansaço das caminhadas e emoções do dia faziam com que adormecessem quase de imediato. 



Este verão, em Arouca e na zona, só se falava, dos Passadiços do Paiva - o ex libris que foi recentemente inaugurados e que, segundo os locais, nunca trouxe tanta gente à zona como agora. O sentimento das gentes é de espanto e alegria embora encontremos pragmatismo nos residentes mais novos do concelho: "São 10h00 e já é o 3º carro que pára para perguntar o caminho para os passadiços, não querem mais nada! Com tanta gente que lá tem passado, não sei como é que aquilo aguenta! Daqui a um ano, vamos ver como está. A madeira é "marítima" mas o vandalismo e a manutenção são factores que não vão ser fáceis de controlar numa extensão tão grande!" revela, em conversa, um dos funcionários do parque. Curiosamente, e infelizmente, as restantes "atrações" do concelho parecem registar a mesma afluência, em alguns casos menor, que na mesma altura em anos anteriores, segundo dados apurados por nós! O turismo de natureza não é um turismo de massas mas os Passadiços do Paiva parecem ser uma exceção à regra.

O concelho de Arouca é um geoparque, inserido na rede de geoparques da UNESCO, com um rico e bem preservado património geológico que vale a pena conhecer e visitar com 41 geossítios devidamente identificados, bem como 13 percursos pedestres. Nestas nossas férias, visitámos a maioria destes geossítios, fizemos parte de alguns percursos pedestres bem como os 8 km dos Passadiços do Paiva. Nenhum de nós, miúdos e graúdos,  elegeu os Passadiços do Paiva como o que mais gostou, apesar de todos concordarmos que é um percurso muito bonito e uma verdadeira obra de engenho e engenharia em algumas zonas! Apesar do recente incêndio, não duvido que logo que possível serão repostos e reabertos os Passadiços do Paiva e com novos projetos e extensão associado: a galinha dos ovos de ouro da região? Por quanto tempo? 
Serra da Freita e seus encantos - cenas dos próximos capítulos!

Perspectivas no regresso à escola

Pela manhã, na nossa cozinha:
"Claro que não! Fazer fichas, BAHHHHHHHHHHH!" - pequeno do meio
"Dos amigos e do recreio até tenho. Do resto, nem por isso!" - pimpolha mais velha
"Hummm ... acho que tenho um bocadinho de saudades!" - pimpolha mais nova um pouco hesitante


Desejamos, no início de mais um ano letivo, que mantenham a vossa curiosidade, o sentido crítico aguçado, o gosto e o prazer em aprender e partilhar, que continuem a questionar o mundo em que vivem e vos envolve, que tenham noção que, nem sempre, as aprendizagens mais importantes são as quantificáveis, que mais do que os resultados/notas valorizamos o vosso esforço, empenho e atitude, que respeitem e sejam solidários. Acima de tudo que tenham sempre prazer e tempo para brincar, aprender e ser crianças na escola e connosco :)!


sábado, 12 de setembro de 2015

Um pequeno paraíso

Água limpinha, bem azulinha e quentinha, duas ilhas para explorar que fizeram as delícias da pequenada depois de umas belas "braçadas", um pequeno paraíso - Vale Manso, Barragem de Castelo de Bode

Patas reais vieram fazer uma visita, só fêmeas, não vimos nenhum pato real com as suas cores exuberantes mas havia patinhos pequeninos!

Paz, amor, uma cabana e uma canoa? Ou então não, os magnatas chegaram, ruidosamente e "apressados" à ilha :)!

Mais um belo dia entre amigos :)!

Pontaria em cheio é ...!

Convidas alguém para jantar em tua casa que conheces há pouco tempo e com quem tens pouco à vontade, não é das tuas relações mas dos teus filhos. 
Decides usar um ingrediente que nem costumas usar muitas vezes mas, ah e tal, dá bom gosto à comida e tem um efeito visual bonito! 
Azar é a pessoa não gostar, come menos e/ou disfarça. Pontaria em cheio é aquele ingrediente, que nem costumas usar, ser a única coisa a que a pessoa é alérgica! 
Ementa: lombo de porco com ananás
Ementa só para o convidado depois da tomada de conhecimento da alergia: lombinho grelhado (assim em modo de remedeio, feito só para a pessoa)
É um bom começo de relação tipo nora e sogra...não?! 
Sem stress, haja espírito e poder de encaixe ... runs in the family, no problem! Este episódio, valeu umas belas gargalhadas e piadas durante o jantar... e um post! Há jantares e jantares!

O morceguito e a fé inabalável na nossa professora

Final de ano letivo, época de testes, já cheirava a férias, tivemos um furo, um feriado, como lhe chamávamos na altura,que bem que sabiam anunciados pelo famoso 2º toque e dos gritos eufóricos da malta. 
Decidimos ir dar uma volta ao jardim, em frente à escola, no tempo em que "circulação" de crianças não envolvia grandes perigos nem medos. No regresso, avistámos, no passeio, caído um morcego bebé, vivo e desorientado. Era bem pequenininho, cabia em menos de metade da nossa pequena palma da mão, ainda não sabia voar. Achámos que estava condenado a morrer se o deixássemos ali. Com ele na mão, não sabíamos muito bem o que fazer para salvar o pequeno bichinho mas abandoná-lo à sua sorte não era um opção que considerássemos. Até que alguém diz "Já sei, já sei! A nossa professora de Ciências Naturais! De certeza que ela sabe o que devemos fazer para o ajudar! Vamos levá-lo a casa dela!". Todos sabíamos que ela morava em frente à escola, tocámos na 1ª campainha, alguém abriu a porta, os tempos eram, definitivamente, outros, e fomos informados pela sua vizinha qual era a casa da "senhora professora". Subimos, apressadamente, as escada, morceguito nas mãos, e batemos eufóricos à porta. A nossa querida professora abre a porta e fica a olhar para nós com uns olhos arregalados de espanto "Olá! Passa-se alguma coisa? Precisam de ajuda? Estava a corrigir os vossos testes ...", olhando paras a nossas caritas ansiosas, de putos de 7º ano a pensar se teríamos tomada a decisão certa. Mostramos-lhe o morcego, a quem ela fez, sem hesitações, uma pequena festa e, respirando de alívio, contamos-lhe onde o tínhamos encontrado e os nossos receios. Ela foi buscar uma pequena caixa para colocarmos o morcego. Perante os nossos olhares esperançadas, informou-nos "À noite, vou ao jardim deixá-lo mas, provavelmente a mãe vai rejeitá-lo, podemos, no entretanto, tentar dar-lhe umas gotas de leite que ele também deverá rejeitar. Não há muito mais que possamos fazer por ele mas podemos tentar!". Deixámos a nossa professora com os nossos testes e o morcego em mãos, com a noção de missão cumprida. Já a nossa jovem e querida professora, muito provavelmente, acabara de viver um (ou o) dos momentos mais insólito da sua, ainda breve, carreira de professora de Ciências Naturais. No dia seguinte, perguntámos à nossa professora não pelos testes mas pelo morceguito ao que ela respondeu, sabiamente, sorrindo "Deixei-o no jardim, como vos tinha prometido, fizemos tudo o que havia e podia ser feito, agora é deixar a natureza seguir o seu curso!". 
Relembro este episódio como se fosse hoje, há momentos, pessoas e bichos que nos ficam na memória! Aposto que a nossa professora também se recorda deste nosso episódio, apesar de não a vermos há anos :).

Noite dos morcegos

Na "Noite dos morcegos", uma iniciativa da Ciência Viva no Verão, voltámos novamente aos Olhos de Água do Alviela e ao Carsoscópio, o Centro de Ciência Viva do Alviela, para observar e aprender mais algumas coisitas sobre morcegos. 
(estavam a decorrer obras de requalificação na praia fluvial de Olhos de Água)

A Noite dos morcegos contemplou 3 partes distintas: as duas primeiras decorreram no Centro de Ciência Viva e a última, a observação de morcegos, à entrada da Gruta da Lapa da Canada. Na primeira parte, é feita uma pequena caracterização do local, referência ao maciço calcário e as origem, as espécies de morcegos existentes e os típicos da zona, crenças e mitos sobre os morcegos. Em seguida, realiza-se uma visita ao Quiroptário, uma exposição interativa sobre a vida e o habitat dos morcegos. Na última parte, munidos de lanternas frontais e aparelhos de ultra sons para identificar as várias espécies, faz-se, então, uma pequena caminhada até à entrada da Gruta da Lapa da Canada para observar  a saída dos morcegos cavernícolas para caçar. 
Entre abril e setembro, época de reprodução destes morcegos, esta gruta chega a albergar 5 000 morcegos de 12 espécies diferentes, algumas delas em perigo. A Gruta da Lapa da Canada é uma espécie de maternidade de morcegos e que podemos observar em direto!



Os morcegos são o único mamífero que voa e são, regra geral, criaturas pouco conhecidas e mal amadas, no entanto, são uma mais valia no controlo de pragas e algumas doenças. Numa noite, cada morcego ingere cerca de metade do seu peso em insetos, sendo que o peso de um morcego, dependendo da espécie, varia entre 7g a 15g. Por exemplo, os morcegos presentes na gruta da Lapa da Canada, numa noite, consumem cerca de 50 kg de insetos. Caçam de noite mas têm uma visão semelhante à nossa, orientam-se emitindo ultra sons que ao "embaterem" nos obstáculos produzem "ecos" permitindo aos morcegos conceber uma "visualização" do espaço onde se encontram.
Em Outubro, ocorre o período de acasalamento, cada fêmea concebe 1 cria por ano, os morcegos continuam a investir na alimentação e acumulação de reservas de gordura para o inverno e começam a concentrar-se nos abrigos de hibernação. No inverno, a abundância de insetos decresce drasticamente e os morcegos entram em hibernação, baixando a sua temperatura e metabolismo geral até ao seu limiar de sobrevivência, poupando energia até à primavera seguinte. A poupança de energia é fundamental durante a hibernação, o que se torna possível através de profundas mudanças fisiológicas: além de baixarem a temperatura corporal, a frequência cardíaca e respiratória também são reduzidas por mecanismos de regulação hormonal. Por exemplo, o morcego-rato-grande, quando se encontra em atividade, tem cerca de 880 pulsações por minuto, em hibernação profunda, o coração bate menos de 20 vezes por minuto. 
A perturbação dos abrigos, durante o período de hibernação, poderá ter consequências muito graves. Se a hibernação for interrompida por visitantes, as reservas energéticas são rapidamente consumidas, e os animais podem não sobreviver até à Primavera por escassez de alimento. 

Apesar de estarmos em pleno verão, estava um final de tarde frio e muito ventoso, não reunindo as condições ideais para os morcegos saírem do seu refúgio em busca de alimento, mas ainda assim deram um ar da sua graça e em várias frequência (espécies). Mais uma excelente ação da Ciência Viva no Verão!

Nota: As 24 espécies de morcegos existentes, em Portugal, são todas insetívoras. Só, na América Latina, é que existem morcegos que se alimentam de sangue de outros animais, consumindo cerca de 5 ml de sangue, equivalente a 1 colher de chá por dia. 

"Comessar" - palavra e ato difícil!

No seus textos, respostas, ditados e afins, sempre que é necessário escrever a palavra começar, pimpolha mais velha escreve sempre, mas sempre, comessar; apesar das muitas dezenas de vezes que já teve de emendar e corrigir este seu erro recorrente. "Enganaste-te a escrever outra vez começar!" alertamos e ela responde com"GRRRRRRR ... esqueço-me sempre! É sempre o mesmo erro!". É um facto, dado que a moça não tem por hábito dar erros ortográficos. 
Resistente, reticente, desconfiada quando confrontada com novas experiências e/ou alterações de rotinas, gosta de "jogar" e "circular" na sua zona de conforto, suspeito que a questão dela com a palavra começar não seja meramente ortográfica! 
Face ao iminente início das aulas, não revela, aparentemente, grande ansiedade, durante o dia, mas à noite quando o sono tarda em chegar confessa "Não quero ir para o 4º ano! No 4º ano, temos que fazer exame!". Logo, por sorte ou por azar, saiu-lhe na rifa uma mãe que encara os exames como algo benéfico na regulação e avaliação do sistema e, que até ao 9ºano, devem ser encarados como um teste normal, por todos (professores, pais e alunos). Ficou sem argumentos e sem audiência, à 1ª tentativa, mas o sono, apesar do cansaço, tardava a chegar e novas ideia a apoquentam logo e seguida, "E se nos assaltam a casa? E se me raptam e eu nunca mais vos vejo? Tenho medo, muito medo" e chora, num desespero. Depois de utilizados todos os argumentos óbvios e lógicos, verificadas portas e janelas, nada a parece confortar. Mudança tática de abordagem "Todos temos medos e temos que aprender a viver come eles! Acontece com toda a gente! Não podemos é estar sempre a pensar neles" e, com esta tirada, passamos de psicólogo reconfortante a autoritário "Deita-te, descansa e dorme" e segue-se a sua pergunta "Mas como é que fazes para não ter medo(s)?". Uma bela e pertinente questão para a qual muitos gostariam de conhecer a resposta, respondi-lhe apenas "Eu tenho medos mas penso que vai correr tudo bem e que o meu medo não se vai transformar numa realidade!". A moça lá se vai deitar pouco convencida mas vencida. Todas as noites, da última semana, temos tido esta conversa, tem melhorado de dia para dia, embora os  seus medos continuem os mesmo, talvez um pouco mais apaziguados, e o nosso discurso também! 
Cortar o "cordão umbilical" e o começo das aulas é o que a apoquenta ... há anos, as manifestações vão mudando mas o "síndrome" permanece para no final da 1ª/2ª semana de aulas voltar à normalidade! 
Começar é e facto uma palavra e um acto "difícil" para a pimpolha mais velha!

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

(Re)Começar!

Não pensar no trabalho durante as férias é algo que todos deveríamos fazer, tipo por recomendação/receita médica! Para uns será mais fácil do que para outros, dependendo das  profissões, mas regra geral, todos conhecem e sabem o local onde regressam, conhecem a realidade que os aguarda, os seus colegas de trabalho, as rotinas profissionais e familiares que os esperam no regresso de umas merecidas férias. 
Muitos professores sentem a sua vida em suspenso, durante o mês de agosto, pensando o que lhes trará setembro, em que escola ficarão, quanto km terão que fazer, se poderão permanecer na sua casa junto da sua família e em todas as opções pessoais que terão que realizar num curto espaço de tempo, em tudo agravadas quando existem crianças, sim que os professores também têm filhos. É esta a temática da minha nova deambulação no blogue Com Regras denominada (Re)Começar

Os bolsos do Sócrates

"Já percebi, o Sócrates roubou muito dinheiro. Quando os polícias o prenderam no aeroporto, ele tinha o dinheiro todo nos bolsos?" pergunta pequeno do meio, ao ouvir atentamente as notícias (no rádio), apontando incrédulo para o tamanho dos bolsos dos calções que trazia vestidos. Rematou com "Não podia ser muito dinheiro! Se calhar os polícias enganaram-se!". A referência às compras que fazemos e pagamos com o cartão multibanco, as contas nos bancos mereceram apenas o seguinte comentário do pequeno do meio "Pois, também ainda não percebi muito bem como é que isso funciona mas logo penso nisso! Mas, ouve lá, a polícia tinha mesmo provas para prender o Sócrates? Tens a certeza? Não estou bem a ver como? Onde é que a polícia guarda as provas?". 
Um questionador nato e defensor da justica, pelo menos da sua, aqui motivado, desconfio, por algo que sente na pele, de quando em vez, quando alguma brincadeira ou ocorrência corre menos bem e surge a desconfiança, típica de quem já o viu aprontar muitas e de alto calibre, à qual se junta a união feminina das suas manas aproveitando-se da sua fama, "Quem fez isto? Foste tu, não foste?" e sua típica resposta indignada "NÃO FUI EU!". Verifica-se, empiricamente, que quando ele responde "Desta vez não fui eu!" é quando realmente o moço nada teve a ver com o assunto. Também se verifica, empiricamente, que na generalidade das vezes, a sua mente criativa esteve sempre envolvida no processo e/ou na execução!  

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Acampando em terras da Beira Baixa!

Há uns tempos que a hipótese pairava no ar mas, este ano, após 10 anos de interregno, voltámos a acampar, agora muito bem acompanhados! Deixámos a nossa pequena tenda para dois para usufruir de uma tenda XL para 5 e as respetivas bagagens. Muito produtivos ;)! Quando, inicialmente, falámos à pequenada, na hipótese de ir acampar as questões que nos colocaram foram variadas, algumas roçando o hilariante "Como é que isso se faz mesmo? Temos uma sala? E televisão? Como não há casa de banho?!". Depois de devidamente esclarecidos estes e outros pontos, pequeno do meio teve a ideia inovadora de sugerir que levássemos uma sanita portátil!


Há várias formas de fazer e estar no campismo! Para nós foi, e continua a ser, um meio de viajar, tipo nómada, passar uns dias diferentes em contacto da natureza, numa alojamento mais barato e também confortável, sim, temos uns belos colchões de ar, longe das confusões e dos destinos de massa, sem necessidade de fazer e cumprir reservas, seguindo ao sabor do vento e da vontade! 
No entanto, temos algumas regras elementares das quais não abdicamos:
- NUNCA fazemos campismos em praias durante a época alta. Fugimos de todo e qualquer destino de/em/para "massa" como o diabo foge da cruz!
- Escolhemos sempre parques que tenham comprovadamente boas condições: SEMPRE.
- Se algo não nos agrada, no parque ou no sítio, no dia seguinte de manhã, arrumamos as tralhas e rumamos a outro destino.

Para a nossa 1ª experiência de campismo com os miúdos, jogámos em segurança e fomos até ao tranquilo Parque de Campismo de Idanha-a-Nova (exceptuando na altura do Boom festival). A pequenada adorou a experiência de acampar, de dormir no saco de cama, andar e brincar à vontade no parque, entre muitas outras coisas.
Desconfio que, face ao calor que se fazia sentir e como é seu hábito, os mergulhos na piscina, foram dos momentos mais apreciados pela pequenada!Aproveitámos para fazer uma visita cultural a Idanha-a-Velha. 




(O lagar de varas que agora funciona como Posto de Turismo) 
(Um repuxo bem bonito e que é um relógio de sol!)

Visitámos também a apelidada aldeia mais portuguesa de Portugal: Monsanto















(De Monsanto avista-se a Barragem de Idanha-a-Nova)
(Barragem de Idanha-a-Nova, ao fundo no plano mais elevado: Monsanto)

Os jardins da Feira Raiana em Idanha-a-Nova










Fizemos um belo piquenique à beira da barragem de Penha Garcia


Fomos em busca dos icnofósseis, vestígios das movimentações das trilobites que habitaram na zona, quando esta era um mar pouco profundo, à cerca de 490 milhões de anos.  Encontrámos várias no museu dos icnofósseis e alguns nas escarpas ao longo do percurso 



A casa do antigo moleiro e um moinho de água, que ainda se encontra em funcionamento! 


(o único residente do moinho: o morcego)


E, no final do percurso, o merecido e muito fresquinho mergulho na Praia Fluvial do Pego com os icnofósseis à vista!




(Penha Garcia)

Foram 2 dias cheios de emoções, experiências novas e visitas muito interessantes. 
A pequenada achou demasiado curta a estadia no campismo, como tal na semana seguinte voltámos a acampar, desta vez 1 semana, no cimo de uma serra muito bonita e cheia de encantos (cenas dos próximos capítulos).
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