"Mãe, a mãe do D. e da B. faleceu!" diz pimpolha mais velha ao entrar no carro no final de mais um dia de escola. "Não se brinca com coisas sérias!" digo meio baralhada com o rumo da conversa. "Oh mas é mesmo verdade, por isso é que a professora adiou o teste, foi ao funeral. A professora explicou-nos tudo hoje e chorou!". Desorientada, com os 3 no carro, pensei "Como é possível, meu deus, ainda a semana falei com ela!". Curiosamente, apenas pequeno do meio se apercebe, do meu estado atarantado e diz baixinho "Mãe, como é que eles, agora, vão fazer sem mãe? Estou a ficar meio triste" DAMN, como é que se responde a isto, apanhada num conflito de emoções, com os 3 a olhar para mim expectantes, e o pensamento centrado nos miúdos (gémeos), que conheço desde os 3 anos, e na mãe com quem convivi desde então? Não me saem do pensamento, ao longo dos dias! Uma operação que tinha tudo para correr bem, sem grandes risco e ... termina numa septicemia! O pai/marido, os miúdos, aos 8 anos, sem mãe, como é que se gere e explica isto?
Parece-me tudo surreal e eis que sinto o meu "equilíbrio" balançar again... and again ...! Um ano do caraças este, é o que é! Sometimes, life just sucks! Mas depois olho para a malta cá de casa, e os que me rodeiam de perto, e tudo em mim estabiliza e parece entrar nos eixos. Penso todos os dias "Somos uns grandes sortudos!". No entanto, a tristeza/miséria/injustiça que tenho visto/presenciado, neste último ano, a nível pessoal e profissional, deixa-me com uma sensação de impotência e o coração muito apertadinho e angustiado.
A vida é frágil, prega-nos partidas que nos deixam de rasto. O que temos hoje, poderá não estar lá amanhã, ou daqui a 1 minuto e esquecemos-nos disto tantas vezes, caramba, preocupados que andamos com miudezas da vidinha, quando o essencial nos pode ser retirado, sem apelo nem agravo. CARPE DIEM!
Até sempre, Cristina! Que "ilumines" os teus meninos onde quer que estejas!
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