120 testes carregados de sabedoria ...ou não!
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
"Não pode ser!" Take 2 - Afinal até pode
Numa ficha de revisões para o teste de matemática, a pimpolha mais velha tinha que preencher a seguinte sequência 99, 90, 81 ... Teve dificuldade em perceber qual era regra, subtrair 9 a cada termo anterior, depois de ultrapassado esse pequeno grande pormenor, no final de preencher todos os espaços diz-me assim "Fiz qualquer coisa mal!", "Então, porquê?" acrescentei eu "O último número deu-me -1 mas não pode ser, a minha professora não ensinou nada disso!". Face ao meu espanto e à minha observação seguinte "Como é que te deu -1?" e ela responde meio irritada, aposto que com vontade de dizer DAH ou vou explicar-te com se fosses muito burra "Eu já percebi que a seguir ao 0 é o -1, ok mãe?". Restou-me apenas ir com ela à procura do seu erro, do 3º para o 4ª termo tinha subtraído 10 em vez de 9, embora depois nos restantes tivesse feito bem, logo em vez de lhe dar zero dava o famoso -1. Afinal, afinal sempre pode ser!
(vê-se o -1 meio sumido mas ele esteve lá )
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Isto é Matemática - 1º e 2º episódio da 5ª temporada
Ronaldo e os ângulos inscritos
A Escala Pitagórica
A Escala Pitagórica
"Não poder ser!"
Estava a eu a relatar a dificuldade que os miúdos de 7º ano têm em fazer cálculos com números negativos, como por exemplo 4 - 9, quando a pimpolha mais velha, que estava a ouvir a conversa com atenção, diz "4-9 não existe. Não pode ser. É 9 - 4. Estás enganada. Não pode ser como estás a dizer, não pode não!". E o pai perguntou-lhe "Se estiveres no 2º andar e desceres 3 andares para que andar vais?" e ela responde, sem hesitar, "À garagem, claro!". E o pai acrescenta "E a garagem é que número no elevador?" e ela responde desconfiada "-1 mas não pode ser, não pode! Está aqui qualquer coisa mal". Se no 6º/7º isto não é trivial parece que para a pimpolha, que está no 2º ano, gera reacções de completa e insistente negação! Cada coisa a seu tempo ...mas não deixou de ser um bom exercício da filha e uma boa tentativa do pai :)
domingo, 27 de outubro de 2013
Cenas da vidinha na escola III
A semana de eleições para a associação de estudantes nas escolas é uma emoção: música todos os intervalos, cada lista põe a sua e competem para ver quem faz mais barulho, dão pipocas, rebuçados, gomas, porta chaves, à actividades desportivas aliciantes enfim...para depois morrer tudo assim que é eleita uma das listas. Regra geral, acaba-se a música, as ofertas e as actividades interessantes, não sei bem o que fazem, se é que fazem, a seguir a serem eleitos,encontro muitas semelhanças com a campanha eleitoral feita pelos nossos políticos. A reacção dos alunos à campanha das várias listas também é engraçada de analisar. Os mais pequenos votam nos que oferecem coisas do seu agrado, uma aluno de 7º ano disse-me "Vou votar na lista ..., eles dão gomas" como se isto fosse acontecer acto eterno, voto dos ingénuos, já um aluno de 9º ano comentou "eu vou votar na lista ..., tive a ler as propostas deles e eles comprometem-se a pagar a dívida que a associação de estudantes anterior deixou!", voto de alguém que procurou a informação para além do show off e do fogo de vista. Não resisti a perguntar "Dívida mas qual dívida?" e o aluno muito espantado diz-me "Não sabe, ui, ui, a associação de estudantes, organizou um grande baile e para isso alugou um espaço, todo vip por sinal, e cobrou entradas aos estudantes. Foi um sucesso enorme mas depois ficaram com o dinheiro que fizeram e não pagaram o aluguer do espaço que era 3000€!". "Então o que é que fizeram ao dinheiro?" perguntei eu. "Stôra, por favor ... dividiram entre eles, claro!". Medo...onde anda os pais desta gente e mais uma vez a semelhança com a nossa classe política! Belo treino, parece que até consigo adivinhar onde estarão daqui a um par de anos...para os lados de são bento, talvez???
P.s. - A associação de estudantes é detentora de 2 mesas de matraquilhos que rendem à associação cerca 1000€ por ano, para onde irá esse dinheiro?!
Out of the blue...premonições do pequeno do meio?
No meio de uma brincadeira com a sua tartaruga ninja, o pequeno do meio diz-me "Sabes, eu acho que o tio das américas fez bem em voltar. Nós estamos cá e os amigos dele também, o que é que ele andava lá a fazer?" Sem me dar tempo para responder, continua a sua tirada em grande estilo "Eu acho que Portugal precisa do tio e também deve precisar de mim, os meus amigos estão cá!". E dito isto continuou a brincar sem esperar qualquer resposta/ observação da minha parte! Das duas uma, ou o rapaz é um verdadeiro patriótico ou então ouviu este discurso algures, só resta saber onde! Mas o que me apeteceu responder-lhe foi: "I wish you were right and things could be that simple!", só não o fiz porque o moço ainda arranha pouco mais que as cores em inglês.
Gulodices do nosso fim de semana
Verdadeiras delícias muito rápidas e fáceis de fazer!
Bolo mousse de chocolate
200 gr açúcar
250 gr chocolate em barra
250 gr de manteiga
6 ovos
50 gr farinha
Pré-aquecer o forno a 200º e untar forma de aro amovível com manteiga. Bater as gemas com o açúcar até obter uma massa fofa. Derreter o chocolate com a manteiga. no microondas. Juntar ao preparado anterior e mexer tudo. Envolver a farinha e de seguida as claras batidas em castelo. Colocar na forma e levar ao forno por 10 minutos (eu deixei 15 minutos). Deixar arrefecer e depois levar ao frigorífico. Retirar do frigorífico 45 minutos antes de servir.
Bolo de noz com doce de ovos
200 g açúcar amarelo (não tinha, usei mascavado)
6 claras
250 g de noz (não tinha, usei 150g noz e 100g de amêndoa)
Picar as nozes até ficarem tipo em pó. Juntar o açúcar às noz picadas e misturar bem. Bater as claras em castelo e envolver na mistura anterior. Levar ao forno, pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 20 minutos numa forma barrada com manteiga e polvilhada de farinha. Deixar arrefecer uns minutos antes de desenformar.
Doce de ovos
Levar ao lume 6 gemas, 6 colheres de sopa de açúcar e 6 colheres de sopa até engrossar. Deixar arrefecer antes de cobrir o bolo
Bolo mousse de chocolate
200 gr açúcar
250 gr chocolate em barra
250 gr de manteiga
6 ovos
50 gr farinha
Pré-aquecer o forno a 200º e untar forma de aro amovível com manteiga. Bater as gemas com o açúcar até obter uma massa fofa. Derreter o chocolate com a manteiga. no microondas. Juntar ao preparado anterior e mexer tudo. Envolver a farinha e de seguida as claras batidas em castelo. Colocar na forma e levar ao forno por 10 minutos (eu deixei 15 minutos). Deixar arrefecer e depois levar ao frigorífico. Retirar do frigorífico 45 minutos antes de servir.
Bolo de noz com doce de ovos
200 g açúcar amarelo (não tinha, usei mascavado)
6 claras
250 g de noz (não tinha, usei 150g noz e 100g de amêndoa)
Picar as nozes até ficarem tipo em pó. Juntar o açúcar às noz picadas e misturar bem. Bater as claras em castelo e envolver na mistura anterior. Levar ao forno, pré-aquecido a 180ºC, durante cerca de 20 minutos numa forma barrada com manteiga e polvilhada de farinha. Deixar arrefecer uns minutos antes de desenformar.
Doce de ovos
Levar ao lume 6 gemas, 6 colheres de sopa de açúcar e 6 colheres de sopa até engrossar. Deixar arrefecer antes de cobrir o bolo
Ter um objetivo e lutar/trabalhar por ele
Começa a ser raro, hoje em dia, esta garra e espírito de aventura auto-financiado nesta idade.
Bonne voyage! Interessante o artigo Entre a guerra e a paz. Da palestina às americas.
Bonne voyage! Interessante o artigo Entre a guerra e a paz. Da palestina às americas.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Complexo de Édipo???
(desenho da pimpolha mais velha - Ela e o pai)
Parece que Freud explica isto e muito mais, inclusive isto! Hummmm ...
O apalavrado versus o "poder" da palavra escrita!
Um assunto que tentámos resolver, cordialmente, durante 1 mês, resolveu-se, hoje, 2 horas depois de termos entregue uma exposição por escrito para instâncias superiores!
Da fama de refilona não me livro! E o que constata sempre é que quando se "reclama" por escrito, o processo que estava em modo de arranque passa para velocidade de cruzeiro. É o país que temos...
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Cenas da vidinha na escola II
"C. onde está o seu livro?" pergunto eu ao fim da 6ª semana de aulas. E a C. responde "Ainda não tenho, a minha mãe ainda não comprou. Ela esquecesse e outras vezes não lhe apetece ir encomendá-lo!". "Vai começar a ter falta de material" informei eu. "Hummmm, stôra e se mandarmos um recado na caderneta para a minha mãe? Assim ela vai já comprar!". Tive que me rir, aqui está uma filha que conhece bem a mãe que tem, e respondi "Ok, escreva o texto/recado na caderneta que eu assino por baixo!". Passado 2 minutos chamou-me "Já escrevi, veja lá se está bem!". Então o recado, da autoria da filha para a mãe e que a professora, eu, assinou e subscreveu por baixo ditava assim "A C. precisa do livro de matemática para poder acompanhar as aulas e fazer os TPC e para conseguir ter boas notas! Obrigado pela atenção". Muito revelador...!
Dia fascinante
"Hoje, vai ser um dia fascinante!" diz o pequeno do meio ao chegar à escola. "Então porquê?" perguntamos todos. Com um sorriso de orelha a orelha "Hoje é dia de ficar ao pé da Teresa!". Mas "afinal a Teresa não foi à escola" :(, foi o que me respondeu quando lhe perguntei como tinha corrido o dia e disse "Sabes, a Teresa pensa que não tem amigos e que ninguém quer brincar com ela, é o que ela diz. Mas eu gosto muito de brincar com ela!".
De manhã começa o dia ...
A logística dos almoços e lanches para a pequenada levar para a escola...
3 pequenos - 6 mochilas (dia de natação para os manos mais velhos, mochila com os livros da pequena mais velha e as mochilas da paparoca!)
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
As nossas obras de arte utilizando rolos de papel higiénico
Uma tarde dedicada aos trabalhos manuais. O pequeno do meio achou que os mochos eram coisa de miúdas e não quis fazer!
(os dois da esquerda feitos pela pequena do meio e o da direita pela mãe - inspiração. A mais pequena também teve direito a um rolo que pintou a seu gosto mas que no final decidiu molhar com água, esborratando a pintura toda)
(a rena Rodolfo feita pela pimpolha mais velha. O pequeno do meio não completou a sua rena pois na brincadeira com os paus que tínhamos apanhado partiu-os, típico, mas andou todo contente - ideia tirada do blogue Red Ted Art)
Rabisco da malta
(desenhos da pimpolha mais velha que a mãe ajudou a colorir - inspirado num post do Krokotak )
(obra da mais pequena)
(desenho da pimpolha mais velha utilizando um técnica que viu no programa Art Attack do canal Disney Junior)
(desenho do pequeno do meio que não tem tempo para este tipo de fantasias, ao contrário das manas)
Frase do dia
"Eu sou um anjinho!" diz o pequeno do meio para o pai com um sorriso de orelha a orelha. Parou tudo cá em casa e a gargalhada foi geral, especialmente a do pai que estava a agarrá-lo, eu, a rir, ainda perguntei "Como é que é? Quem é que é o anjinho?" e ele remata para o pai, em tom de vingança "E tu és o diabo!". Deve ter sido as nossas gargalhadas e incredulidade que justificaram o seu comportamento de verdadeiro diabinho no dia de hoje, mas só hoje ... o moço ficou enervado, só pode!
"Educar é como fazer um bolo"
Como eu me identifico com este texto na parte da rebaldaria, do caos, dos filhos barulhentos, no deixá-los brincar sem stress e sem grandes restrições, no dar espaço para que aprendam com as suas asneiras mas acertando-lhes o passo sempre que passam do limites. Tenho um lema que é: não se deve ralhar por tudo e por nada, pois corremos o risco de, ao fim de pouco tempo, passarmos a ser ignorados, deve-se insistir no que consideramos realmente importante e que eles não podem nem devem fazer, o resto às vezes o melhor é sair de mansinho e fingir que não se viu nem ouviu nada, para que os moços possam dar largas à sua imaginação!
"Educar é como fazer um bolo
O mais difícil nisto de educar filhos é, quanto a mim, saber equilibrar o afecto, a liberdade, a responsabilidade e as regras. Como num bolo, não pode haver doses exageradas de um ingrediente e escassas de outro. O resultado pode ser uma bela merda, demasiado cru, excessivamente seco, desfeito, queimado, incomestível.
Antes de sermos pais, fomos filhos (se não fosse eu a dar-vos novidades...) e é também o nosso ajuste de contas como filhos que está em cima da mesa, quando nos tornamos pais. No meu caso, vivi sempre com a minha mãe (passava o fim-de-semana com o meu pai de 15 em 15 dias) e, na minha casa, reinava o silêncio, a ordem e a disciplina. A minha mãe era exigente e dura, trabalhava muito (o silêncio da casa só era entrecortado pelas teclas da máquina de escrever) e eu falava muito sozinha e sonhava com um irmão (durante muito tempo, antes de o meu pai me ter realizado esse sonho, obrigava a minha mãe a dar um beijinho de boa noite ao meu irmão imaginário).
Hoje, a minha casa é o oposto disto. Uma rebaldaria, portanto. Tenho três filhos barulhentos, o silêncio é um conceito de que raramente tenho memória (e que tanta falta me faz, por vezes), e eu sei que sou pouco rigorosa e mais adepta da “liberdade com responsabilidade” justamente para contrariar aquilo que era a disciplina quase militar da minha querida mãe, que só queria fazer de mim uma mulher a sério e sabia que só podia contar consigo e com o seu rigor. É por reconhecer que conseguiu – ok, não cheguei a primeiro-ministro mas a vida não me corre propriamente mal – que por vezes temo ser demasiado liberal com os meus filhos e, pela lógica, fazer deles uns belos trastes.
Ainda assim, confesso, gosto que a minha casa esteja permanentemente invadida por amigos deles, que pedem licença para entrar, que brincam, lancham, ficam espojados no terraço, jogam uns com os outros no chão da sala, ouvem música. Gosto desta animação que é a nossa vida. Gosto da cumplicidade. De os ver molharem-se na relva, com a mangueira, e de não me zangar. Gosto de me lembrar muito bem de mim, em adolescente, para ser mais tolerante com as crises do mais velho. Gosto de deixar que façam pequenas asneiras, sem fazer daí grandes dramas. Porque prefiro deixar os grandes dramas para aquilo que é realmente grave e não para as pequenas (tantas) minudências que vão acontecendo.
Do que gosto menos é de ter de fazer de bad cop. Geralmente deixo essa tarefa para o Ricardo, que a vai executando até um dia dizer, com razão, que não pode ser sempre ele o mau da fita. E então entro em acção e zango-me, mando, obrigo. Detesto (apesar de saber fazê-lo muito bem, atenção!) Mas é importante, para que esta gente perceba que a vida não é só ramboia e diversão, é preciso disciplina e trabalho e organização (sou tão caótica...).
Tenho alguma curiosidade em ver no que é que isto vai dar, no futuro. Que filhos terei eu educado e que pais serão eles (se quiserem vir a ter filhos), para perceber se me imitam ou se me contrariam. Sobretudo, quero perceber se fiz deles homens e mulheres como devem ser ou se falhei em toda a linha. Se o bolo ficou lindo, alto e dourado ou se nem à machadada se arranca da forma. Logo vos digo, um dia destes."
domingo, 20 de outubro de 2013
Caos ...
Algo que deixa o excelentíssimo esposo de cabelos em pé ... tudo espalhado pelo chão onde reina a confusão!
(todos a brincar com coisas diferentes mas a dar um mãozinha na brincadeira do irmão).
No final arrumaram tudo nos devidos lugares e sem refilar, até o pequeno do meio que tenta sempre escapar-se, deixando quase tudo para as manas, fez a sua parte! A esta malta pequena quaisquer 5 m2 chegam para montar o estaminé, sempre em equipa.
Noz(es) e os trabalhos manuais
Outono: tempo de nozes e broas dos santos! As nozes são uma gulodice e, cá por casa, desaparecem num abrir e fechar de olhos, ficam apenas as cascas com prova do crime. Decidimos aproveitar as cascas para fazer uns trabalhos manuais com a pequenada! Quanto às nozes, com as poucos que sobraram fizémos uns folhados de maçã, canela, noz e chocolate. De comer e chorar por mais, nem deu tempo de tirar uma foto, comeram tudo e não deixaram nada, os malandros dos pais!
(visão geral)
(o barco e o passarinho de boné e headphones do pequeno do meio. Não fez o ratinho porque já estava muito cansado!)
(o barco, o passarinho pintor e o ratinho da mais pequenina, feitos com a ajuda da mãe e do pai)
(o barco e a passarinha, tem 2 laços na cabeça, e o ratinho da pimpolha mais velha)
A ideia foi tirada e adaptada do blogue Red Ted Art
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
"Math is fun (sometimes)"
Belo artigo no Guardian "Math is fun (sometimes)!"
Não é fácil transmitir e estimular o gosto/entusiasmo pela matemática. Vale sempre a pena tentar pois há sempre uns "AHHH, que fixe!" de surpresa e deslumbramento ao descobrir a beleza do raciocínio e dos padrões. E, aos poucos, vão-se conquistando alguns.
Frase da semana
"Quando espirramos temos que ter cuidado, podem saltar dentes" - aviso da pimpolha mais velha à tripulação quando, após um espirro, lhe saltou, da boca, o dente que andava a abanar há que tempos ... e já lá vão 8!
Cenas da vidinha numa escola
Eleição do delegado e subdelegado de turma: "Stôra podemos fazer campanha para sermos eleitos?". Resposta da professora - "Sim, até a próxima aula podem elucidar os vossos colegas sobre o que fariam se fossem delegados de turma". Até à eleição, 2 alunas fizeram campanha e o seu slogan foi "Vamos acabar com os TPC!". Ganharam as eleições, 1 ficou delegada e outra subdelegada, por esmagadora maioria. Tendo em conta que estamos a falar de alunos de 5ºano, 10 anos, é de salientar que souberam apelar ao maior desejo dos colegas e à necessidade de mentir para ganhar! É assim que tudo começa ... depois é sempre a subir até ao "poder"! É neste pequenos momentos que ser professor é assustador ...tem-se vislumbres do futuro! Claro que a turma continua e continuará a ter TPC´s, a meu ver, a carga até deveria ser reforçada especialmente para a delegada e subdelegada que devem dar o exemplo!
Dança Jazz - 1ª demonstração
Ao som do Biquini Amarelo, do Quente, quente, quente das Docemania e de Kuduro, a pimpolha mais velha fez a sua 1ª demonstração, para um público muito restrito e familiar, da sua dança jazz. Ultrapassada a vergonha e inibição inicial, diria que a rapariga tem queda para a coisa, a mana mais pequena tentou imitar, o mano recusou-se dizendo "Eu meto as músicas!".
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Experiências (in)desejadas
"Vamos fazé expiencia hoje?" pergunta a mais pequena. "Hoje não pode ser não temos tempo" respondi. "Vamos fazé sim, eu quero! Vai buscar coisas!" insistiu ela. Lá se conformou mas pouco, repetiu a conversa mais 2 ou 3 vezes, e a resposta foi sempre negativa. Para culminar fez chichi no meio sala. Coincidência ou vingança? Conhecendo a peça diria que ...foi uma experiência!
Nota para alguns professores primários e de matemática
Todos os quadrados são rectângulos mas nem todos os retângulos são quadrados! Quem elabora os testes intermédios e exames (IAVE) não brinca em serviço e aposta sempre, e bem, em noções bem trabalhadas por alunos e professores!
Explorando conceitos com o Geomag
Construção apresentada pelo pequeno
Pergunta dos pais: "É um rectângulo?"
Resposta da pimpolha mais velha "Tem quatro lados mas..." e o pequeno do meio acrescentou "mas os cantos não são quadrados!". Nem um nem outro sabem o que são ângulos mas de uma forma simples, temos uma explicação fácil de visualizar e, pensando bem, desenhamos um quadrado, junto ao vértice do ângulo sempre que queremos dizer que este é de 90º! E assim ficaram a conhecer o "trapézio" com uma pequena abordagem do que são lados paralelos que nas palavras da pimpolha mais velha "São lados que ficam por cima um do outro!". Longe da definição correta mas a ideia está lá!
Do quadrado ao losango
"lados com o mesmo tamanho mas os cantos não são quadrados"- observação dos manos mais velhos ao observarem a "deformação" do quadrado para obter o losango. Só me apeteceu bater palmas! E foi assim que de uma construção nasceu uma pequena exploração matemática!
Experiência: flutuar ou afundar?
2 copos meio cheios com água e a um deles junta-se duas colheres de sal.
1º - mexer com uma colher para o sal dissolver e observar que a água fica meio "turva". Esta coisas das experiência, o ideal, na óptica da pimpolha mais velha é aparecer tudo pronto e ser só experimentar. "Oh pá, demora tempo, já estou farta de mexer" - observou a pimpolha mais velha. Faz tudo parte do processo e da aprendizagem ...
2º - mergulhar em cada um dos copos 1 ovo e observar o que acontece!
Et Voilá! O ovo flutua no copo de água com sal e afunda no outro. Daqui seguimos para uma breve incursão sobre o Mar Morto que culminou com a observação do pequeno do meio "Lá ninguém se afunda nem se afoga, hummm, mas eu gosto de me afundar!"
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Tereré - the end!
Fazer um tereré ou tirá-lo, o que demora mais tempo? Diria que é ela por ela, mas o tirar envolve mais "ingredientes" do que o fazer: tesoura, muita paciência, experimentar outra tesoura, mais paciência e por fim recorrer à faca para cortar as linhas no sentido longitudinal ... e alguns cabelos à mistura! Digamos que não foi tão fácil com aparentava! Sobrou a misanga :)
domingo, 13 de outubro de 2013
Leituras digitais para miúdos ...e graúdos!
Cortesia e simpatia da Biblioteca Municipal de Caminha - verdadeiro serviço público! Dezenas de obras infantis publicadas carregando aqui.
Infertilidades
"Espanta-me a leviandade com que pessoas escrevem livros. Aceito artigos de opinião, ensaios de pequenos textos, blogues, revistas, palavras seguidinhas com um propósito específico de carácter diverso, mas livros são outra questão. Um livro é um conjunto de folhas reunidas onde as palavras se encaixam para um propósito unipessoal, destinado a cada leitor que se deixe desafiar. É um aglomerado de factos, ideias ou histórias com capacidade para sacudir o mundo que nunca mais ficará exactamente igual, perante a novidade. É um conto fantástico e impossível narrado ao pormenor do detalhe, e deixem-me referir-vos aqui as intermitências de Saramago, não há exemplo melhor. É um encaixe encadeado em personagens inventadas mais próprias do que a pele que as escreve, por dentro e para fora. Quando pegamos num livro folheamos e cheiramos as folhas, olhamos a lombada, espreitamos o prefácio e a partir daquele exacto momento sabemos que a história também nos pertence. Em conclusão, um livro oferece imaginários, e oferecer imaginários é uma responsabilidade. A ligeireza com que hoje se vendem histórias só é comparável à maternidade imprudente. Mães que não são mães geram o corpo mas não geram a alma crescente, deixada sozinha ao Deus dará deste mundo. Não sabem o cheiro, não conhecem o choro, perdem a essência e não acodem aos medos. Em ambos os casos deveria reinar uma certa infertilidade."
Sobrevivências
"Há muito que escorrego de mansinho pelos conjuntos de mães. Tropeço neles pelos corredores da escola, no portão da entrada, na pastelaria em frente, nas filas dos supermercados, temo que qualquer dia se tornem virais e me tomem à minha passagem, de emboscada. Falam entre elas das roupinhas que não servem, das tosses que nascem indesejadas a meio da noite, de professoras de matemática que não explicam convenientemente a matéria, de directores de escola que deveriam era estar a aprender relações humanas, de professores de educação física que sujeitam meninos a sacrifícios sobre-humanos, aulas debaixo de chuva, nunca foram pais, vê-se bem, se tivessem sido tudo isto lhes faria doer. Encontram-se normalmente de braços cruzados mas de pose preparada à movimentação efusiva, à demonstração por gestos de todas estas desgraças que atacam as criancinhas da casa, indefesas, uns seres pequeninos para sempre que necessitam de guarda próxima, detalhada e partilhada, discutida em praça pública ao mais ínfimo pormenor do detalhe. Como eu, há umas poucas, certamente apelidadas de demitidas. Percebo-as à distância, olham só para o filho quando o acompanham e dizem bom dia às que ficam sem abrandarem o passo, abrandar o passo pode sempre ser a morte do artista e representar a necessidade de permanência forçada na roda das decisões que urgem ser tomadas na hora, no dia, debaixo da chuva ou do sol, para posterior reconhecimento por quem de direito, a directora de turma, figura também ela ligeiramente hedionda. Num ápice entramos no carro e escapamos dali, e deixamos para trás aquele cenário inacabado de cabeças pintadas de cores distintas, as verdadeiras guardiãs dos filhos, delas, dos outros, dos das terras vizinhas e dos do mundo no geral.
Não fosse a meia dúzia que encontro e ficaria deprimida, não há como a pertença para nos segurar a permanência. Assim, e no seio da demissão, sobrevivo todos os dias, ao vê-las passar por mim.
( Curiosamente, e aquando da necessidade de intervenção efectiva e verdadeira, raramente oiço alguma, calam-se, apagam-se, encolhem-se num canto estranho e desaparecem, todas em conjunto, à espera. )"
Texto da autora do blogue Uma Mulher não chora
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