A estatistíca está longe de ser um dos meus ramos prediletos da matemática mas aborrece-me, põe-me os cabelo em pé, a sua utilização errónea e deturpada. Neste país, os estudos estatistícos são, frequentemente, utilizados, sem qualquer respeito pelas regras deste ramo científico, disvirtuados a belo grado e prazer, ao serviço de uns e outros, como meio de atingir um fim e transmitir uma ideia, muitas vezes errada ou imprecisa, quer pelos média, governo e afins.
Marques Mendes fez um belo brilharete ao serviço deste governo e outras que tais, não cumprindo as regras elementares que qualquer aluno de 3º ciclo e secundário sabe: "não se podem comparar alhos com bugalhos". Que sentido faz calcular a razão entre o nº de aluno de 1º ciclo e o nº total de professores (1º, 2º, 3º ciclo e secundário)? Nenhum, era um valor que lhe convinha para passar a mensagem "Tão pouco aluno para tanto professor!". Isto até pode vir a ser demonstrado mas nunca com base nestes dados e na forma com ele os utilizou. Este é só um exemplo, talvez o mais gritante, mas há mais, muitos mais erros nesta intervenção/análise de Marques Mendes. É em momentos com este que ele, e os da sua laia, se devem rir baixinho e pensar, certamente algo do género, "ainda bem que neste país poucos são os que gostam e percebem de matemática, é pena é ainda haver alguns que pensam! Mas com o tempo vamos conseguir que sejam cada vez menos!".
Um estudo bem feito e com dados atuais sobre aquilo que Marques Mendes não soube/não quis fazer pode ser visto aqui.
Gráficos há muitos e para todos os gostos! Bons gráficos , úteis e quem os apresente e saiba interpretar isso é que começa cada vez mais a escassear! Porque será?
Aqui fica a pérola!
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