Não deixa de me admirar e entristecer a pouca adesão que os eventos culturais para crianças e graúdos têm em algumas cidades do interior. Espetáculos interessantes e diversificados nas áreas do teatro, música, etc a um preço irrisório e na assistência estão meia dúzia de gatos pingados! Tenho algumas dúvidas que a receita dos bilhetes, em alguns casos, cubra as despesas inerentes à realização do espetáculo. Poderíamos considerar a hipótese que a divulgação não é a melhor mas quando são espetáculos como o Carteiro Paulo, o filme O Gato das Botas, cantores da moda ou um espetáculo com o Herman José, o tipo de publicidade e divulgação é o mesmo e, se a casa não fica cheia, fica bastante composta. O que me lembra uma conversa que tive com alguém sobre uma bela tarde passada no circo com os nossos pequenos e a pessoa me respondeu "não levei os meus filhos, eu e o meu marido não gostamos nada de circo." Os filhos, muitas vezes, não têm os mesmos interesses que os pais mas é necessário proporcionar-lhes a experiência para que possam decidir ou não? Vincular/incutir os nossos interesses e gostos nas crianças para que sejam iguais aos nossos, parece-me limitador, não deixando margem para novas experiências.
É por estas e muitas outras razões que boas iniciativas não vingam, por falta de adesão/cooperação do suposto público alvo. Se juntarmos à equação as novas políticas, ou melhor, a ausência delas no que diz respeito ao apoio à cultura, podemos prever o caminho que se avizinha.
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