Ato e/ou consequência...
Uma criança, durante o intervalo, decide atirar pedras para a via pública. Requer algum esforço, concentração e destreza da sua parte, uma vez que a escola tem vedações altas. A via pública tem um tráfego elevado quer de peões, junto à vedação, carros estacionados e carros em circulação. Das pedras que atirou, até ser detetada a situação por quem vigiava a hora do recreio, nenhuma atingiu, nada nem ninguém. A criança foi repreendida e foi comunicado aos pais por escrito o seu comportamento. Os pais comunicam à escola, por escrito, que consideram que o seu educando não devia ter sido repreendido, nem ter sido alvo de uma advertência escrita visto que não tinha atingida ninguém, nem causado danos materiais.
Pela mesma ordem de ideias, se tentar matar alguém e não conseguir, não há problema nenhum, afinal ninguém se magoou. O que será mais importante o ato ou a consequência? Não teria sido muito mais educativo mostrar quais poderiam ter sido as consequência do seu ato? É tão fácil desculpabilizar e aborrecido educar! Não era má ideia, se estes pais,e muitos outros, frequentassem um programa de educação parental. Educar os pais é bem mais difícil que educar os filhos.