quinta-feira, 9 de abril de 2015

"Livros que sonham" e outras boas iniciativas no interior

Pimpolha mais velha passou mais uma bela noite na biblioteca, na iniciativa, "Livros que sonham" cuja temática foi a Páscoa. Coser numa máquina de costura à antiga (cada criança levou um quadradinho de tecido) para fazer uma manta de retalhos; História da Galinha Pimpona e uma Caça ao Tesouro, pela biblioteca, foram algumas das atividades realizada. Mais uma noite memorável num ambiente fantástico entre livros, histórias e aventuras. Iniciativa de louvar, por parte de algumas Bibliotecas Municipais, que são sempre um sucesso entre a pequenada!




No entretanto, pequeno do meio desgostoso por estar doente e não poder ir, embarca, como consolo, juntamente, com a mana mais nova, que ainda não tem idade para estas andanças, numa maratona de filmes e desenhos animados na companhia dos avós. Os papás aproveitam a deixa, saem de fininho, e, depois de deixarem a mana mais velha na biblioteca, vão ao teatro! Há anos, muitos, talvez demais, que não o faziam, na qualidade de adultos! Teatros infantis temos visto muitos, "O Príncipe Nabo" foi a última peça que vimos com a pequenada e adorámos, os miúdos riram às gargalhadas e nós também mas ... não é bem a mesma coisa! 


"O Carteiro de Pablo Neruda" foi a peça que fomos ver. Matando saudades do teatro com as metáforas de Neruda e um livro que li nos tempos de faculdade.

Mais uma vez, à semelhança do que aconteceu em outras peças (infantis) que fomos ver, a sala estava quase vazia, 30 pessoas no máximo, preço cobrado de cada bilhete 4€. Não percebo se é falta de divulgação, falta de interesse das pessoas ou ambos. No mínimo, preocupante ... quando as pessoas não aproveitam as iniciativas das poucas câmaras, especialmente as do interior, que investem na cultura cobrando aos munícipes preços irrisórios. 
É constrangedor, e triste, para os atores e para a assistência! Um dos atores de uma peça infantil que assistimos, no final do espetáculo, desabafou que era uma pena que, por 1€ o bilhete, tivessem tão pouca assistência, dando o exemplo que na capital, o mesmo espetáculo, tinha um preço 8 a 12 vezes superior. Por 5€, família toda,  já vimos espetáculos muito bons e a receita de bilheteira não deve ter sido superior a 30€, quando a câmara paga aos artistas, merecidamente, uma quantia superior a 500€. Assim, não há cultura, iniciativas, nem orçamentos que justifiquem/aguentem. Os funcionários afirmam que a câmara não pretende obter lucro, o que é mais do que óbvio pelos preços praticados, mas dar a conhecer e divulgar! Curiosamente, todos os espetáculos infantis das Lemon Produções (Winks, Carteiro Paulo) e cenas afins, no mesmo teatro e, com o mesmo tipo de divulgação ao público, com preços 12 a 15 vezes superiores, esgotam em três tempos. Mas não falta gente a dizer "Aqui nunca há nada!" e, certamente, choverão críticas quando se acabar com este tipo de "benesses"! Aplica-se bem o ditado "Dá Deus nozes a quem não tem dentes!" ou talvez o mais adequado seja "Dar pérolas a porcos"

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