segunda-feira, 27 de maio de 2013

Tesouros encontrados no sotão da avó - take II

Pintainho amarelinho - made in Portugal 1979. Verdadeira relíquia!


O eterno Dartação, a sua amada Julieta e os Moscãoteiros, um clássico dos anos 80, figuras em plástico que eram vendidas em pacotes de papel com autocolantes com cenas dos desenhos animados!
Para recordar: o 1º episódio do Dartacão


E o pintainho do momento:

domingo, 26 de maio de 2013

Artistas em ação!

Mesa, chão, parede, roupa, mãos, pernas, braços e papel. Abarcaram todas as superfícies disponíveis, possíveis e imaginárias com satisfação e algumas repetições :)! 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

"O caçador de borboletas!"

"Vladimir recebeu muitas prendas no Natal, entre livros, discos, legos, jogos de computador, mas gostou sobretudo do equipamento para caçar borboletas. O equipamento incluía uma rede, um frasco de vidro, algodão, éter, uma caixa de madeira com o fundo de cortiça, e alfinetes coloridos. O pai explicou-lhe que a caixa servia para guardar as borboletas. Matam-se as borboletas com o éter, espetam-se na cortiça, de asas estacadas, e dessa forma, mesmo mortas, elas duram muito tempo. É assim que fazem os coleccionadores.
Aquilo deixou-o entusiasmado. Ele gostava de insectos mas não sabia que era possível coleccioná-los, como quem colecciona selos, conchas ou postais, talvez até trocar exemplares repetidos com os amigos.
Nessa mesma tarde saiu para caçar borboletas. Foi para o matagal junto ao rio, atrás de casa, um lugar onde se juntavam insectos de todo o tipo. Já tinha apanhado cinco borboletas que guardara dentro do frasco de vidro, quando ouviu alguém cantar com uma voz de algodão doce - uma voz tão doce e tão macia que ele julgou que sonhava. Espreitou e viu uma linda borboleta, linda como um arco-íris, mas ainda mais colorida e luminosa. Sentiu o que deve sentir em momentos assim todo o caçador: sentiu que o ar lhe faltava, sentiu que as mãos lhe tremiam, sentiu uma espécie de alegria muito grande. Lançou a rede e viu a borboleta soltar-se num voo curto e depois debater-se, já presa, nas malhas de nylon. Passou a para o frasco e ficou um longo momento a olhar para ela. - Agora és minha - disse-lhe. - Toda a tua beleza me pertence.
A borboleta agitou as asas muito levemente e ele ouviu a mesma voz que há instantes o encantara:
- Isso não é possível - era a borboleta que falava. - Sabes como surgiram as borboletas? Foi há muito, muito tempo, na Índia. Vivia ali um homem sábio e bom, chamado Buda…
Vladimir esfregou os olhos:
- Meu Deus! Estou a sonhar?
A borboleta riu-se:
- Isso não tem importância. Ouve a minha história. Buda, o tal homem sábio e bom, achou que faltava alegria ao ar. Então colheu uma mão cheia de flores e lançou-as ao vento e disse: "Voem!" E foi assim que surgiram as primeiras borboletas. A beleza das borboletas é para ser vista no ar, entendes? É uma beleza para ser voada.
- Não! - disse Vladimir abanando a cabeça. - Eu sou um caçador de borboletas. As borboletas nascem, voam e morrem e se não forem coleccionadores como eu, desaparecem para sempre.
A borboleta riu-se de novo (um riso calmo, como um regato correndo, não era um riso de troça):
- Estás enganado. Há certas coisas que não se podem guardar. Por exemplo, não podes guardar a luz do luar, ou a brisa perfumada de um pomar de macieiras. Não podes guardar as estrelas dentro de uma caixa. No entanto podes coleccionar estrelas. Escolhe uma quando a noite chegar. Será tua. Mas deixa-a guardada na noite. É ali o lugar dela.
Vladimir começava a achar que ela tinha razão.
- Se eu te libertar agora - perguntou - tu serás minha?
A borboleta fechou e abriu as asas iluminando o frasco com uma luz de todas as cores.
- Já sou tua - disse - e tu já és meu. Sabes? Eu colecciono caçadores de borboletas.
Vladimir regressou a casa alegre como um pássaro. O pai quis saber se ele tinha feito uma boa caçada. O menino mostrou-lhe com orgulho o frasco vazio:
- Muito boa - disse. - Estás a ver? Deixei fugir a borboleta mais bela do mundo."

José Eduardo Agualusa

terça-feira, 21 de maio de 2013

Isto é Matemática - 6º episódio da 3ª temporada

Enquanto há vida, há esperança matemática!

Geocaching - uma atividade também para crianças

Iniciámo-nos nas lides do Geocaching e foi um sucesso! Dissemos à pequenada que íamos à procura de tesouros escondidos e que se queriam trazer alguma coisa do que encontrassem tinham que levar algo para deixar em troca. No 1º dia, encontrámos 6 tesouros, caches, na serra de Sintra, andámos à volta de 4 km em que os pimpolhos mais velhos nunca refilaram, nunca pediram colo nem afirmaram estar cansados e onde a pergunta mais frequente foi "onde e em que direção está o próximo tesouro?". A mais pequena, embora não perceba, acompanhou bem os manos, ao colo, às cavalitas ou pelo seu próprio pé, quando o terreno era menos acidentado. O pequeno do meio fez uma grande birra porque queria retirar um "souvenir" de uma das caixas sem abdicar de nenhum dos seus brinquedos jurando a pé juntos "Eu gosto e brinco com todos os meus brinquedos!". Paciência, não trouxe nada, chorou e esperneou durante 15 minutos mas, nas caches seguintes, entrou no espiríto. Passeámos por locais muito bonitos e recondidos onde, provavelmente, se não fosse o Geocaching, nunca teríamos visitado, os miúdos divertiram-se à brava e o entusiasmo deles era contagiante "Encontrei, encontrei, venham ver!" Sim, porque foram eles que descobriram 5 dos 6 tesouros! 





No dia seguinte, a pedido da malta pequena, fomos à caça de tesouros, mas agora na cidade, e encontrámos 4 num raio de 1 km da nossa casa. Pergunta no final da "caça": "Podemos procurar tesouros amanhã também?"

O conceito de Geocaching:


A 1ª caça ao tesouro
http://www.geocaching.com/

segunda-feira, 20 de maio de 2013

A vida é e pode ser simples!

Para quê ter um quarto para cada um, quando a malta pequena gosta, delira, vibra, com o facto de dormir toda junta, quanto mais juntos melhores, tipo acampamento!

Sad but true!

Temos tudo menos a capacidade de proporcionar, por cá, uma perspectiva de futuro à malta jovem. Que futuro pode ter um país assim?

3ª experiência com pasta de açúcar!

Desta vez com um bolo para uma Senhora!

domingo, 19 de maio de 2013

Corais, crochet e matemática!

Surpreendente!


Em Portugal, o projeto "Ponto a Ponto enche a ciência o espaço" dedica-se a esta arte que combina o crochet com a biologia e a matemática! Conta com 18 crocheteiras e aceitam, de bom grado, mais algumas pessoas, alguém se quer juntar? 
Para os autodidactas, podem encontrar alguma informação aqui.

 
 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Aventura a cinco

"Aventura a cinco" foi como o petiz do meio batizou o nosso fim de semana na Serra da Estrela. Na Torre, encontrámos alguns resquícios de neve que fizeram as delícias dos pequenos mais velhos: fizeram Sku, atiraram bolas de neve, caíram e escorregaram muitas vezes e molharam-se todos, com a vantagem que estava uma temperatura muito agradável e um sol quentinho, 15ºC. A pimpolha mais pequena achou que a neve era fria e que aquilo ainda não era para ela, optando por observar os irmãos, atentamente.
Bebemos água fresquinha, para não dizer gelada, que brotava das rochas, caminhámos no vale, onde encontrámos  vários blocos de neve, atravessamos pequenos cursos de água e subimos ao monte para visitar a Senhora da Boa Estrela. O grande desafio foi fazer isto tudo sem que eles tomassem banho naquelas águas fresquinhas, o pequeno do meio, que corria entusiasmadamente e escorregou n vezes, uma delas foi por uma unha negra que não mergulhou!


Os pimpolhos mais velhos fizeram um aula de esqui no Skiparque, na qual o pequeno do meio delirou, a mana mais velha mostrou-se mais inibida e retraída, talvez devido ao jeito inato do mano para deslizar encosta abaixo.
Passámos um belo final de tarde na Praia Fluvial do Rio Zêzere, Sameiro, junto ao Skiparque, onde os pequenos atiraram pedras ao rio, tentando, sem êxito, que elas dessem saltinhos à superfície, fizeram pinturas rupestres em pedras e aprecíamos, em família, a beleza e paz do local.




Entrámos e deliciámo-nos com e num sítio mágico - o Covão da Ametade (início do vale glaciar de Manteigas, o maior da Europa, e onde se situa a nascente do Zêzere).




Foi no Covão da Ametade que vivemos, segundo os pequenos mais velhos, uma aventura típica dos livros dos cinco. Fomos em busca da nascente do rio Zêzere e a primeira coisa que o pequeno do meio fez, antes de começarmos, foi ir em busca de um pau. Fomos subindo junto ao leito do zêzere, o trilho não estava marcado, portanto fomos à aventura, desbravámos mato, subimos rochas e afins. Por sua vontade e se o deixasem, o pequeno do meio seria o líder, íria a abrir caminho, a pimpolha mais velha observou enquanto, a dada altura, equacionavamos qual seria a melhor maneira de prosseguir "O mano é mesmo um aventureiro! Acham que conseguimos voltar para baixo? Não me apetece ficar aqui para sempre. Estou cansada de subir!". A mais pequenina estava um pouco desconfiada daquele percurso atribulado e apreensiva quanto ao facto de ter de ir ao colo mas receosa de colocar um pé no chão. E foi assim que ao fim de 40 minutos, com muita pena do pequeno do meio, devido ao cansaço das miúdas e ao facto do percurso começar a ser muito íngreme e acidentado que voltámos para trás mas não sem antes ter tido um vislumbre da nascente.
O que vimos:

O que almejávamos ver:

Regressámos ao ponto de partida, fízemos um piquenique e a pequenada ameaçou novamente mergulhar, agora no Zêzere, de tantas vezes que tiveram que ir lavar as mãos, e ouviram os seus gritos ecoar no vale glaciar. 

Vale a pena visitar e disfrutar a beleza da Serra da Estrela porque ela é, certamente, muito mais do que um sítio para ir ver a neve!

"Alta, Imensa, Enigmática,
A sua presença física é logo uma obsessão
Mas junta-se à perturbante realidade, uma certeza mais viva: a de todas as verdades locais emanarem dela.
Há rios na Beira? Descem da Estrela
Há queijo na Beira? Faz-se na Estrela
Há roupa na Beira? Tece-se na Estrela
Há vento na Beira? Sopra-o a Estrela
Tudo se cria nela,
Tudo mergulha as raízes no seu largo e eterno seio.
Há energia eléctrica na Beira ? Gera-se na Estrela.
(...)
Ela comanda, bafeja, castiga e redime.
Ao contrário de outras serras, o Marão e o Caldeirão;
a Estrela não divide: concentra.
( … ). Se alguma coisa de verdadeiramente sério e monumental possui a Beira, é justamente a serra.
( … ) Há nela as três velhas dimensões necessárias a um tamanho: comprimento, largura e altura. ( … )
Somente a quem a passeia, a quem a namora duma paixão presente e esforçada, abre o coração e os tesouros. Então, numa generosidade milionária, mostra tudo. ( … )
Revela, sobretudo, recantos quase secretos de mulher."
                                                                                                                  Miguel Torga

terça-feira, 14 de maio de 2013

Perfect Circle!

É sempre um desafio desenhar um círculo no quadro, nunca fica perfeito! Requer prática e muita! 

Ora aqui fica o desafio cliquem aqui para tentar desenhar o vosso círculo perfeito. A minha pontuação mínima foi 83% e a máxima 96% em 10 tentativas! E a vossa? 
Para calcular a nossa pontuação é utilizado o comprimento da linha que traçámos e construído um círculo (perfeito) cuja área corresponde à área máxima que é possível delinear com aquele comprimento e depois é avaliada a diferença entre a área do nosso círculo e a do círculo perfeito (baseado neste interessante problema)
Mas há quem consiga desenhar o círculo perfeito utilizando apenas giz :)!
O meu lema nestas situações em que é necessário fazer figuras, sólidos geométricos ou desenhos,  para os quais não tenho grande aptidão para não dizer nenhuma, é "A matemática pensa bem sob desenho errados", uma máxima que ouvi a um dos meus professores da faculdade, não sei qual nem em que cadeira, e que agora repito imensas vezes aos meus alunos. Muitas das vezes, os desenhos que utilizamos para ilustrar um problema, não precisam de estar feitos à escala nem ser minuciosos, servem apenas para nos ajudar a perceber, a visualizar e esquematizar um problema.

Isto é Matemática - Episódio 5 da 3ª temporada

O homem que fez a sua própria sorte!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Livro básico da JumpingClay

Completamente rendidos à plasticina JumpingClay e ao entusiasmo e às "magníficas" obras produzidas pela nossa pequenada!
Aplicámos algumas destas técnicas na nossa pequena grande experiência/incurssão com as pastas de açúcar. É bem mais fácil trabalhar com a  JumpingClay. Cliquem aqui ou na imagem para aceder ao livro básico da JumpingClay onde podem encontrar as formas e cores básicas e os passos para construir algumas figuras. 
Experimentem, vão ver que vão gostar, miúdos e graúdos. É ótima para fazer pequenas prendas giras, diferentes e personalizadas pela pequenada.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cognome adequado!

Falta-lhe o D. ! Adequado uma vez que ele já demonstrou, sucessivas vezes, que não tem o dom!

Dia da Espiga

Hoje, o pequeno do meio  vinha todo orgulhoso do seu trabalho do dia da espiga. Perguntei-lhe se tinham ido apanhar as espigas e as flores, a resposta foi negativa. Comentei com a educadora dele que me recordo bem de no dia da espiga, na primária e no infantário, ir apanhar espigas, papoilas, etc. Lá andava a canalha toda feliz e contente nas encosta do castelo a desenvolver esta bela e revigorante tarefa. Ao que a educadora me respondeu "Pois, eu, em tempos idos, também costumava fazer isso com os miúdos mas agora para sair da escola, temos que ter autorização de todos os pais e muitos tem receio por ser um percurso a pé  e na realidade cada vez mais se nota que muitas das crianças não estão habituadas e/ou parece que não sabem andar na rua, enfim é uma complicação!". Tempos, vidas e pessoas bem mais simples, era o que era! Vivências que se vão perdendo, é pena! Nas ruas de algumas cidades, neste dia vendem-se, a 1,5€, os raminhos típicos do dia da espiga.
(opss, Ascenção está mal escrito)

No regresso a casa, mostrei-lhes algumas espigas que íamos encontrando e o moço bem me disse, em tom de aviso, pois afinal estamos em crise, que era importante apanhar a espiga para termos pão. Fui pesquisar e o rapaz não estava errado: cada elemento do ramo tem uma simbologia associada:
Espiga – pão;
Margaridas/malmequer – ouro e prata;
Papoila – amor e vida.
Oliveira - azeite e a paz;
Videira - o vinho e a alegria;
Alecrim - a saúde e a força.
A comemoração do dia da espiga é um ritual pagão e o raminho é uma espécie de amuleto, deve ser guardado na cozinha durante o ano.  Ao que tudo indica, esta celebração remonta ao tempo dos Maias, coincide com a quinta feira da Ascensão, ocorre 40 dias depois da Páscoa, e celebra a primavera e o início da época das colheitas.
Esta comemoração nos países nórdicos seria considerado um ataque à mãe natureza! É uma tradição da zona do mediterrâneo.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Isto é Matemática - 4º episódio da 3ª temporada

Como guardar os ovos

"Já decidi, quero ser taxista"

A pimpolha mais velha trouxe como TPC, um destes fins de semana, fazer um trabalho sobre "O que quero ser quando for grande". Não foi fácil: 1º queria ser cabeleira/manicure, depois modelo, a seguir cantora e por fim estava indecisa entre professora de natação e taxista. Ganhou a taxista! Segue, segue, segue ...e o resultado foi este, nas palavras da pequena:
  

Misturar alhos com bugalhos!

A estatistíca está longe de ser um dos meus ramos prediletos da matemática mas aborrece-me, põe-me os cabelo em pé, a sua utilização errónea e deturpada. Neste país, os estudos estatistícos são, frequentemente, utilizados, sem qualquer respeito pelas regras deste ramo científico, disvirtuados a belo grado  e prazer, ao serviço de uns e outros, como meio de atingir um fim e transmitir uma ideia, muitas vezes errada ou imprecisa, quer pelos média, governo e afins. 
Marques Mendes fez um belo brilharete ao serviço deste governo e outras que tais, não cumprindo as regras elementares que qualquer aluno de 3º ciclo e secundário sabe: "não se podem comparar alhos com bugalhos". Que sentido faz calcular a razão entre o nº de aluno de 1º ciclo e o nº total de professores (1º, 2º, 3º ciclo e secundário)? Nenhum, era um valor que lhe convinha para passar a mensagem "Tão pouco aluno para tanto professor!". Isto até pode vir a ser demonstrado mas nunca com base nestes dados e na forma com ele os utilizou. Este é só um exemplo, talvez o mais gritante, mas há mais, muitos mais erros nesta intervenção/análise de Marques Mendes. É em momentos com este que ele, e os da sua laia, se devem rir baixinho e pensar, certamente algo do género, "ainda bem que neste país poucos são os que gostam e percebem de matemática, é pena é ainda haver alguns que pensam! Mas com o tempo vamos conseguir que sejam cada vez menos!".   
Um estudo bem feito e com dados atuais sobre aquilo que Marques Mendes não soube/não quis fazer pode ser visto aqui.
Gráficos há muitos e para todos os gostos! Bons gráficos , úteis e quem os apresente e saiba interpretar isso é que começa cada vez mais a escassear! Porque será?
Aqui fica a pérola!

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