sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

"Moção de censura das crianças (queremos melhores pais)"

"(...) A brincar, todos os dias, por tempo generoso, sem o qual nunca se aprende nem a crescer nem a pensar. A ter histórias contadas da alma para os livros, com as quais se vista com palavras, com personagens e com enredos tudo o que se passa dentro em nós. E a ter pais que recuperem a capacidade para voltarem a conviver com o indispensável: seja sentarem-se no chão, quando conversam baixinho; fecharem os olhos, enquanto brincam à cabra cega; verem formas nas nuvens, quando rebolam na relva; e fazerem bolos de chocolate, ao domingo, só para raparem as formas (com o dedo), sem ninguém ver. Pais que deixem de correr, para chegar a muitos lados ao mesmo tempo; porque, por mais que corram, todos os quilómetros do mundo nunca hão-de chegar para a distância que o coração é capaz de percorrer, entre um "tenho medo!" e um "gosto de ti!". Pais sejam atentos e especiais, ternos e mágicos, adivinhões e brincadores. E que, por mais preciosos que façam por ser, no próximo ano, sejam, para sempre, melhores pais."

Extrato de um artigo de Eduardo Sá na Revista Pais&Filhos deste mês

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