terça-feira, 23 de junho de 2015

O meu gadget de eleição

Há dois anos, o meu Kindle, de repente, avariou-se, ficou com parte do ecrã todo negro. Acontecimento quase tão grave como ter perdido os óculos, e muitíssimo mais grave do que se tivesse perdido o telemóvel. Contactei a amazon que, de imediato, se prontificou a enviar-me um novo, pois ainda estava dentro da garantia mas, com um pequeno senão, só podiam enviar para um endereço do U.K., o que implicava ficar sem um ebook reader durante uns tempos. Para tentar colmatar este grande espaço livre na minha carteira, literal e figurado, dirigi-me à Worten e o funcionário olhou para mim espantado "Hummm ... acho que estou a ver o que é. Mas já não temos há muito tempo, as pessoas não aderiram, deixámos de ter para venda!". Obtive a mesma resposta, ou semelhante, em todas as outras lojas do género. Volvidos dois anos, apenas, penso eu, a Fnac vende um ebook reader, o Kobo, na altura tive que recorrer à Pixmania para resolver o meu problema premente, chegando uns meses depois o Kindle, novo substituído pela amazon, pela mão de um amiga! 
A mais valia de ter um ebook reader para quem gosta de ler, e o faz amiude, é a "poupança" de dinheiro e de espaço físico ocupado por centenas de livro. Para quem tem facilidade em ler em inglês, através de uma pesquisa rápida no google do título do livro e do seu autor, geralmente, surgem vários links que disponibilizam gratuitamente o download do mesmo (pirataria), um argumento sensível a quem lê muito e não vê assim a sua carteira minguar e as estantes a vergar. A tecnologia e-ink, presente nos ebook readers, transmite-nos a sensação do papel pardo dos livros, não tem luz e por isso não cansa os olhos. Desde então, livros em papel li muito poucos, alguns de autores portugueses e os que me ofereceram. Esta ideia seria para mim inconcebível há uns anos atrás, quando surgiu o Kindle e excelentíssimo esposo sugeriu que comprasse um, defendi que não havia nada com o cheiro, o folhear um livro e a sua presença física e amiga nas minhas estantes. Rendi-me às evidências no dia em que me apercebi das estantes cheias/abarrotar, do número de livros disponíveis gratuitamente online e fiz uma contas rápidas, do que gastava em livros por mês, muitos deles paperbacks comprados na amazon, pois na altura ainda não eram comuns os livros de bolso em Portugal e tendo constatado, há muito, que pelo preço do mesmo livro em Portugal, mandava vir três da amazon. 
Sou fã incondicional deste meu pequeno gadjet! Esqueço-me muitas vezes do telemóvel em casa ou, pura e simplesmente, não sei onde o coloquei/deixei, já o meu ebook reader acompanha-me sempre para todo o lado!
Penso que estes gadgets não terão "vingado" em Portugal devido, essencialmente, à falta de cultura e interesse na e de "leitura" da população, em geral, e de muitos acharem que o tablet , que não tem e-ink, cumpre bem esta função e muitas outras bem mais interessantes na sua ótica!

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