Conversa ao jantar
- "Mana, é este ano que descobrimos quem ele é e o apanhamos." - pequenote do meio muito empolgado
- "É isso mesmo, este ano não vai escapar, nos outro anos nunca conseguimos" - pequena mais velha igualmente empolgada
- "Apanham quem, quando e como, expliquem lá?" - pais
- "O Pai Natal, claro!" - respondem em coro os pequenos
- "Vou ficar acordado toda a noite,toda, todinha e se vocês não estiverem no vosso quarto é porque são o Pai Natal." - pequeno do meio
- "Pois é, se calhar são vocês. Como é que ele entra pela chaminé? Ele é tão gordo, vai cair em cima do fogão, coitado!."- pequena mais velha
- "Se calhar entra pela janela" - pequeno do meio
- "Mas a nossa casa é alta. Hummm, como é que ele consegue dar os brinquedos ao meninos de todo o mundo numa noite só? Deve ficar cheio de fome, temos que lhe deixar umas bolachinhas." - pequena mais velha
- "Ele vai a voar no trenó, mana, nunca viste nos bonecos?" - pequeno do meio.
- "As renas voam?" - pequena mais velha
- " Esta ano vamos descobrir tudo, ficamos acordados toda a noite à espera dele."
- " Ainda falta muito para o Natal, porque se lembraram?" - pais
- " Porque, no Panda, esteve a dar uns desenhos sobre o Natal." - pequeno do meio.
Foi engraçada esta conversa, embora a motivação tenha sido os desenhos animados e ainda falte algum tempo para a época natalícia. Vimo-los oscilar entre a vontade de acreditar no Pai Natal e as dúvidas na sua existência e na sua capacidade de execução da tarefa. A cada dúvida seguia-se uma desculpa/sugestão de como ele poderia conseguir. Gostei, especialmente, das bolachinhas!
As dúvidas estão lá! O plano está delineado para a queda do mito...mais ano, menos ano. Tenho pena, até eu gostava de poder acreditar no Pai Natal! É tão bom ser criança e a acreditar na magia do Natal. Ingenuidade e vontade de acreditar na magia misturada com uma curiosidade aguçada e uma mente lógica, é como caracterizo esta conversa.